84 mil candidatos faltam primeiro dia do Enem no Ceará

Taxa de abstenção no Estado chegou a 25,8%, menor que a edição de 2017, quando 100 mil pessoas perderam o primeiro dia de provas. Em todo o Brasil, número de ausentes foi o menor desde o ano de 2009

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
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Foto: Thiago Gadelha

O Ceará teve taxa de abstenção de 25,8% no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Dos 328.591 candidatos inscritos no Estado, 84.776 não realizaram as provas. O balanço foi divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em coletiva de imprensa realizada na noite de ontem, em Brasília.

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Apesar de elevado, o número de ausentes foi menor que a edição passada, quando 100 mil candidatos no Ceará perderam o primeiro dia do Exame. Em todo o Brasil, a abstenção ficou em 24,9%, a menor desde o ano de 2009, mas conforme explicou o ministro da educação, Rossieli Soares, a taxa pode ser ainda menor, pois a abstenção considera os dois dias de aplicação do Exame. No geral, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, destacou como muito tranquilo o primeiro dia de provas.

Ao todo, houveram 32 casos de interrupção por energia elétrica, mas em apenas dois locais de prova, Porto Nacional (TO) e Franca (SP), a aplicação precisou ser interrompida. Neste caso, os candidatos prejudicados poderão refazer as provas no dia 11 de dezembro.

Neste primeiro dia, 67 candidatos foram eliminados por descumprimento as regras do Edital e dois por uso de ponto eletrônico. Os candidatos, ambos de Minas Gerais, foram autuados pela Polícia Federal e responderão criminalmente.

No Ceará, professores do Colégio Ari de Sá Cavalcante comentaram as principais questões. Na avaliação dos profissionais, não houveram questões polêmicas e sem dúvidas com itens objetivos.

Equilíbrio

Bruno Maia, professor de língua portuguesa dos cursos preparatórios do Enem e ITA do Colégio, explica que as questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias foram mais equilibradas do que as do ano passado.

"O Inep havia falado que neste ano haveria textos mais reduzidos. Os alunos acharam menos cansativa. A prova explorou variações linguísticas, funções das linguagens, gêneros textuais, houveram ainda temáticas da atualidade como violência contra a mulher, além de manifestações artísticas contemporâneas".

O professor destacou, ainda, o respeito por princípios de igualdade social. "Como é uma prova que visa questões de inclusão, se viu um maior respeito pela figura da mulher e do público LGBT", afirma.

Carlos David Costa, professor de história, destaca que a avaliação de Ciências Humanas e suas Tecnologias relembrou a história do Brasil e da Europa em diferentes momentos políticos, além de tocar em questões climáticas.

"A Geografia foi uma prova técnica e levou com ênfase na geografia física, climatologia, meio ambiente. Fez uma análise dos problemas urbanos. Ela também dialogou com a agricultura familiar. Foram ressaltadas questões de geopolítica, neoliberalismo, guerra fria e globalização. Não podemos considerar ruma prova difícil, mas de fáceis e medianas.", comenta.

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