Arthur Elias, Aline Gomes e Rafaelle não escondem a alegria com a escolha do Brasil para receber o próximo Mundial feminino
O técnico Arthur Elias e as jogadoras das Seleções sub-20 e Principal comemoram a escolha da Fifa para realizar no Brasil a Copa do Mundo Feminina 2027. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (17) em Bangkok, na Tailândia, durante o 74° Congresso da FIFA.
A Copa do Mundo Feminina será realizada pela primeira vez na América do Sul. Antes, o Brasil organizou os Mundiais masculinos de 1950 e 2014. Por ser a anfitriã, a Seleção Brasileira já está classificada. A 10ª edição da Copa do Mundo Feminina terá 32 países e será disputada em dez cidades.
Com mais de 20 anos de experiência trabalhando com mulheres, o treinador da Seleção participou do evento na Ásia e projetou o futuro da modalidade nos anos que vão anteceder o Mundial.
“O Brasil, além da enorme paixão do seu povo pelo futebol, tem a maior jogadora de todos os tempos, um vice-campeonato mundial, tradição internacional no futebol feminino e veem nos últimos anos realizando uma série de investimentos na modalidade por parte da CBF, federações e clubes", disse o treinador.
“Esse é um momento único. Vamos todos juntos trabalhar com muita dedicação nesses próximos três anos para o nosso grande objetivo que é vencer a Copa dentro do nosso país. E assim inspirar e realizar um sonho de tantas crianças, mulheres, apoiadores e torcedores da nossa Seleção.”
As jogadoras das Seleções Sub-20 e Principal, Aline Gomes e Rafaelle, também enfatizaram a importância dessa conquista, que promete ser revolucionária para o futebol de mulheres no país.
“Quando eu era criança e jogava com os meninos no campo de barro no sertão da Bahia, jamais imaginei que um dia essa poderia ser minha profissão. Não existia futebol feminino na TV e, por isso, eu nem sabia que essa era uma opção e Seleção Feminina de Futebol hoje é muito mais que o sonho individual de cada jogadora, é uma conquista coletiva de meninas e mulheres”, disse Rafaelle.
“Realizar o Mundial aqui no nosso país, nos nossos estádios e com a nossa torcida é, acima de tudo, alimentar sonhos e encorajá-los. E agregar a tudo isso a visibilidade que uma Copa Feminina pode trazer para o Brasil é reafirmar para tantas outras meninas espalhadas pelos lugares mais longínquos do país que é possível”, comentou a zagueira da Seleção Principal.
Para Aline, que defende a Seleção Feminina Sub-20, representar o país vestindo a camisa da principal é um sonho, que agora pode ser realizado em casa.
“Tive a oportunidade de vivenciar uma preparação para a Copa do Mundo em 2023 e foi uma sensação inesquecível, inexplicável e um momento único. É incrível saber que nosso país será a sede dessa competição, que trará uma grande visibilidade para nós mulheres e também para o futebol feminino no Brasil.”