Dirigente assumiu a responsabilidade da execução da festa na arquibancada e torcida emitiu nota de agradecimento
O mosaico exibido pela torcida tricolor no jogo contra o Rosário Central-ARG, no Castelão, nesta quarta-feira (21), só foi executado porque o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, deu aval para a realização da festa, mesmo sob aviso da Conmebol de possível punição.
A entidade que organiza a Copa Sul-Americana quis proibir, após vistoria realizada horas antes do jogo, que a parte do mosaico que ocupava o setor sul da arquibancada fosse executada, alegando que as bandeirinhas não seguiam os critérios determinados.
O CEO do Fortaleza interveio e chamou a responsabilidade, garantindo que em caso de alguma notificação da Conmebol por conta do mosaico, vai conversar com a entidade sul-americana para explicar, entender se houve alguma falha de comunicação e usar de bom senso para corrigir e fazer com que em um próximo evento nada saia em desacordo com os padrões. O Tricolor também vai assumir o pagamento de alguma multa que porventura seja imposta.
Por meio de uma nota divulgada nas redes sociais, a Equipe Mosaico, responsável pela montagem do desenho, relatou que a Conmebol avisou dois dias antes da partida que bandeiras com mais de 50cm por 30cm gerariam multa ao clube, por atrapalhar a visão do torcedor. Como todo o material já estava pronto, os envolvidos na organização e membros de uma torcida organizada do Fortaleza se juntaram para tentar contornar a situação, cortando uma parte das bandeiras.
A preparação do desenho seguiu na véspera da partida, mas na vistoria realizada na tarde da quarta foi informado que os mastros deveriam ter no máximo 50cm, o que não atendia a métrica das bandeirinhas, segundo a nota divulgada.
O responsável pela vistoria da Conmebol, então, avisou que em caso de execução do mosaico o clube sofreria sanções. A torcida, no entanto, realizou a festa que estava preparada com anuência do ex-presidente e CEO do clube, Marcelo Paz.
Achei totalmente inviável a gente não subir o mosaico, mesmo com a recomendação (da Conmebol), porque a gente entende que tem um padrão, mas não geraria nenhum tipo de prejuízo físico ou qualquer situação de risco a quem estava na arquibancada. Era apenas uma questão de padrão, de centímetros. A gente disse (para a equipe mosaico): ‘Então vamos fazer, eu banco aqui a situação. Subam, façam a festa; a torcida espera isso; e depois a gente vai conversar com a Conmebol para ver como vai contornar isso’.
Torcida agradeceu
Em nota de agradecimento, os membros da Equipe Mosaico destacaram a atitude do dirigente.
"Mais uma vez mostrando que sempre esteve aberto ao diálogo e a escutar as dores da torcida. Comprou nossa briga contra uma imposição sem sentido algum, fazendo com que nossa linda festa fosse realizada", escreveram.
Paz ressaltou que o trabalho para fazer um mosaico como o exibido antes da partida contra o Rosário é de mobilização popular, envolvendo pessoas de todas as idades, que viram noites em trabalho voluntário por amor ao Fortaleza. O dirigente relatou que costuma receber fotos e relatos de toda a preparação cada vez que um desenho novo é proposto.