Marcelo Paz comenta sobre Fair Play Financeiro e destaca busca por competitividade

CEO do Fortaleza foi um dos representantes de clubes da Série A em reunião da Comissão Nacional de Clubes

Legenda: Marcelo Paz, CEO do Fortaleza.
Foto: Mateus Amorim/Fortaleza EC

A Comissão Nacional de Clubes realizou a primeira reunião para debater a implantação o fair play financeiro no futebol brasileiro. Outros temas como calendário e arbitragem também foram tratados no encontro. CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz foi um dos dirigentes de clubes da Série A a participar das discussões. Ao Diário do Nordeste, ele explicou o próximo passo, reforçou a busca pela competitividade e criticou clubes devedores. 

“O passo agora que traçamos será o de estudar os modelos de Fair Play Financeiro ao redor do mundo, nas grandes ligas, para ver a melhor solução que pode ser adaptada à realidade do futebol brasileiro”, ressaltou Paz.

Fluminense, São Paulo, Internacional, Flamengo, Palmeiras e outros clubes da Série A, além de dois representantes de times da Série B e um da C, também participaram do encontro na última segunda-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Fair Play financeiro

O assunto tem sido cada vez mais discutido, em especial por causa da janela de transferências e também pela busca da competitividade. Outro aspecto trata dos clubes que estão devendo e não quitando as dívidas. 

“Eu, particularmente, tenho duas opiniões sobre o assunto: Primeiro, acho que o clube devedor, por exemplo, que está em atraso com compras de jogadores principalmente a outros clubes, não deveria poder contratar. Deveria ter uma limitação, porque isso é um tipo de doping financeiro”, reforça o CEO. 

“Esse clube, então devedor, pode prejudicar seus rivais por trazer um jogador sem fazer o devido pagamento, faz uso desse jogador e tem um ganho esportivo sem o desembolso financeiro apropriado”, completa.

Outro ponto ressaltado pelo CEO da SAF do Leão é a questão das contratações, salários e a origem dos recursos utilizados pelos clubes para este fim. 

“É estranho quando um clube, por exemplo, gasta só em contratações mais do que o seu próprio orçamento. Então de onde vem esse dinheiro? Como é que isso foi contabilizado? Passou pelo conselho do clube?”, questiona. 

“Sei que hoje existem clubes associativos, os clubes de SAF que são donos, e por vezes o dono aporta. E mesmo assim, na minha opinião, tem que ter um limite de controle para que a disputa esportiva seja mais justa”, pondera Marcelo Paz. 

Paz ainda reforça: 

“Não sou a favor de limitação de salários, nem mesmo de contratações, desde que o clube demonstre a capacidade de fazer isso com as suas receitas. Por exemplo, o Flamengo é um bom caso para isso. É um clube que consegue receitas altíssimas por competência e consegue, assim, contratar grandes jogadores e pagar seus salários, sem infringir qualquer questão financeira de Fair Play Esportivo”, conclui o CEO do Fortaleza.

Vice-líder do Brasileirão, o Tricolor do Pici volta a campo neste quarta-feira (11), quando enfrenta o Internacional em jogo atrasado do Campeonato Brasileiro. O duelo será no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, a partir das 19h30 (de Brasília). 

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