Em momentos diferentes na temporada, Vojvoda e Mancini duelam por título; veja formações
Equipes se enfrentam neste sábado (30), na Arena Castelão, às 16h40
Juan Pablo Vojvoda e Vagner Mancini terão pela frente a disputa do primeiro título da temporada de 2024. Fortaleza e Ceará se enfrentam neste sábado (30), no jogo de ida da final do Campeonato Cearense, o terceiro confronto do ano entre as equipes. Taticamente, os dois times têm algo em comum: o esquema 4-3-3. No entanto, há diferenças importantes: a qualidade técnica das peças, o investimento e o momento atual na temporada. O Diário do Nordeste fez um levantamento de como os técnicos escalam os times em Clássicos-Rei e como podem vir para o primeiro jogo decisivo do ano.
Neste início de temporada, as duas equipes disputam o estadual e a Copa do Nordeste. Já é possível notar que os técnicos colocam em campo o melhor dos elencos para a disputa dos clássicos. Nos dois primeiros confrontos, um empate entre as equipes e uma vitória do Alvinegro.
Com orçamento e elenco mais enxutos, o Vovô trouxe 14 reforços e busca se reconstruir em 2024. O time tem crescido durante os confrontos contra o maior rival. Pelo Campeonato Cearense, a equipe abriu o placar por 2 a 0 e conseguiu o empate nos minutos finais, viu o Fortaleza virar o jogo e conseguiu a igualdade nos minutos finais. O 3 a 3, válido pela quinta rodada do estadual, mostrou um forte poder de reação do Vovô. Mais estável na defesa e com um meio de campo seguro, o Ceará tem tido melhor volume de jogo e velocidade para buscar o ataque.
Poucas mudanças no Ceará
À exceção da saída de Fernando Miguel, lesionado e substituído por Richard, Mancini pouco mudou as peças do setor defensivo de uma partida para a outra. A troca de Ramon Menezes por David Ricardo. No meio, as trocas têm sido mais constantes. Em especial quando o time saiu atrás no placar, como no primeiro confronto quando o técnico tirou dois meias para colocar dois atacantes. O nome constante no ataque é Erick Pulga. Veloz e inteligente, tem sido decisivo para o setor e poder ter o retorno de Aylon, com quem vinha fazendo boa dupla. A equipe veio com algumas mudanças na segunda partida, pois Ramon, Lourenço, Mugni e Bruninho estavam no Departamento Médico.
As campanhas são muito iguais, não existe favoritismo. O que acho que pode diferenciar é o momento das equipes, e eu estou muito apegado a isso. Porque futebol é confiança, futebol é entrar em campo sabendo do teu bom momento, mas não é só isso. Você pode entrar em campo em um melhor momento e tomar um gol que a bola desvia em alguém e entra, porque isso é do futebol. Esses últimos dois jogos (contra o Fortaleza) serão uma tônica do Ceará. Porque a gente como grupo, e eu me incluo nisso, não aceitamos menos do que isso. Para o Ceará tirar um pouco dessa diferença tática e técnica de alguns rivais vamos ter que complementar com essa vontade a mais.
Fortaleza que ainda não se acertou
Apesar da base da equipe estar junta há bastante tempo, o Fortaleza ainda não acertou o tom neste início de temporada. Com sete reforços em 2024, e a janela de transferência com maior gasto, o Tricolor não vive boa fase. Vojvoda segue modificando bastante a onzena inicial, mas o rendimento em campo tem sido frustrante. As vitórias (8 em 17 jogos) diante de adversários menos expressivos não empolgaram o torcedor, que vê um grupo com repertório ofensivo limitado e pouca efetividade. Além disso, apagões na defesa e pouca velocidade. Não por acaso, abriu vantagem no primeiro duelo contra o Ceará, virou o jogo, mas acabou sofrendo o empate.
O Tricolor fez mudanças de uma partida para outra, em especial na zaga. Kuscevic e Cardona assumiram o posto no segundo duelo contra o Alvinegro, já que Brítez estava suspenso e Titi voltava de lesão. O Tricolor foi derrotado, mas sofreu apenas um gol. Para o terceiro embate, com a lesão de Tinga, Brítez pode ficar na lateral com Bruno Pacheco. Na zaga, Kuscevic e Titi podem comandar o setor, como no jogo contra o Maranhão. No meio, Zé Welison foi presença certa nos dois clássicos. Em busca de mais ofensividade, Vojvoda pode manter Pochettino e Kervin Andrade, que retorna após atuação na seleção da Venezuela. No segundo confronto, Machuca atuou como meia, mas Calebe pode ganhar a vaga. Já Moisés e Lucero, que não vivem bom momento no ataque, seguem comandando o setor, com Pikachu, Machuca e Marinho, que seguem como opções.
É um momento que necessitamos de reação mais do que planejamento, mais que o tático. Precisamos que o time responda num momento complicado. O primeiro que temos que fazer é reconhecer no que estamos falhando e não buscar culpado fora, mas dentro mesmo. Principalmente o treinador, responsável por dirigir e comandar um grupo de atletas. Não é o que pretendemos, pois formamos o elenco para estar de outro jeito.
O Ceará vem de três vitórias seguidas na temporada. A equipe venceu o Itabaiana, Treze-PB e Fortaleza pela Copa do Nordeste. Já o Tricolor do Pici, além da derrota para o Alvinegro, foi superado por Maranhão e Vitória, também no torneio regional. Ambos classificados às quartas de final. Agora, de olho no estadual, apesar do contraste de orçamento e de momento, o Clássico-Rei pode levar os dois treinadores a arriscarem mais para conseguir a vitória. Pode representar o primeiro passo na consolidação do trabalho de Mancini. Pode ser o fôlego na busca do inédito hexa estadual e trazer um alívio para Vovjoda. A ver neste sábado, a partir das 16h40, na Arena Castelão.
ESCALAÇÕES
1º Clássico-Rei de 2024
Primeira Fase do Campeonato Cearense - Fortaleza 3 - 3 Ceará
FORTALEZA: João Ricardo, Tinga, Brítez, Titi, Escobar; Zé Welison, Pochettino (Kuscevic) e Kervin Andrade (Kauan); Pikachu, Lucero (Galhardo) e Moisés (Machuca). Gols: Tinga, Kauan e Machuca.
CEARÁ: Fernando Miguel, Raí Ramos, Matheus Felipe, David Ricardo, Matheus Bahia; Richarson (Janderson a), Guilherme Castilho (Jean Irmer), Recalde (Barceló); Facundo Castro (Saulo), Aylon (Lucas Ribeiro) e Erick Pulga. Gols: Matheus Felipe, Saulo Mineiro e Aylon.
2º Clássico-Rei de 2024
Fase de Grupos da Copa do Nordeste - Fortaleza 0 - 1 Ceará
FORTALEZA:
João Ricardo, Tinga (Dudu), Kuscevic, Cardona, Bruno Pacheco; Zé Welison (Pochetinno), Yago Pikachu (Marinho), Kauan (Lucas Sasha); Machuca (Calebe), Lucero e Moises.
CEARÁ:
Richard, Raí Ramos, Ramon Menezes, Matheus Felipe, Matheus Bahia; Richardson, Guilherme Castilho (Mugni m); Lourenço (m David Ricardoz); Aylon (Facundo Castro/Janderson), Barceló (Saulo Mineiro), Erick Pulga. Gol de Raí Ramos.
Veja também
.jpeg?f=4x3&h=141&w=189&$p$f$h$w=5384c7f)
