Com Ednaldo afastado, federações denunciam instabilidade na CBF e articulam nova candidatura
19 federações assinaram manifesto nesta quinta-feira (15) após decisão judicial
19 federações estaduais de futebol, incluindo a Federação Cearense de Futebol (FCF), denunciaram a instabilidade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e se comprometeram a construir uma candidatura à presidência da entidade, após Ednaldo Rodrigues ser afastado do cargo por decisão da justiça do Rio de Janeiro (RJ).
O posicionamento das federações foi tornado público através de um “manifesto pela estabilidade, renovação e descentralização do futebol brasileiro”, nesta quinta-feira (15). O texto cobra melhorias em pautas como calendário equilibrado, arbitragem profissional, qualidade dos gramados, segurança nos estádios e fortalecimento das competições.
Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. [...] Assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos.
Após o afastamento de Ednaldo Rodrigues, Fernando Sarney, vice-presidente da entidade, foi nomeado interventor e deve convocar novas eleições para a presidência da CBF “o mais rápido possível”. Ainda não há indícios de quem encabeçará a chapa a ser lançada pelo grupo das 19 federações que publicaram o já citado manifesto.
Assinaram o manifesto as federações de: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
LEIA O MANIFESTO NA ÍNTEGRA
MANIFESTO PELA ESTABILIDADE, RENOVAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO. 15 DE MAIO DE 2025.
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.
Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.
Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.