O Ceará encerrou sua participação na Série B do Campeonato Brasileiro com uma estatística nada favorável. Além de não conquistar o acesso e realizar uma campanha bem abaixo do esperado, o Vozão foi um dos times que mais trocou de treinador durante a competição. Ao todo, foram três mudanças e quatro técnicos diferentes.
O Alvinegro começou o campeonato sob o comando de Gustavo Morínigo, que teve apenas dois jogos antes de ser demitido. Depois vieram Eduardo Barroca, Guto Ferreira e Vagner Mancini, mas nenhum deles conseguiu apresentar o futebol esperado pela torcida. Mesmo assim, Mancini segue no comando para começar o projeto em 2024.
Além do Ceará, Vila Nova e Sampaio Corrêa também foram comandados por quatro treinadores diferentes durante a Série B. O único time que supera esses três é o Londrina, que teve cinco técnicos distintos na disputa da competição e foi rebaixado na 19ª posição.
MÉDIA DE QUASE UMA DEMISSÃO POR RODADA
A onda de demissão atingiu 17 dos 20 times da segundona de 2023. Foram 32 no total, o que chega próximo da média de um por rodada.
Apenas Vitória, Criciúma e Novorizontino começaram e terminaram o campeonato com os mesmos treinadores. Coincidentemente (ou não), os três terminaram entre os cinco melhores. O time baiano foi campeão, o catarinense conquistou o acesso e o paulista foi o quinto lugar.
Já Sampaio Corrêa, Tombense e ABC, os outros três times que terminaram entre os rebaixados, tiveram três comandos técnicos diferentes.
TROCAS QUE SURTIRAM EFEITO
Diferente de Vitória e Criciúma, que não trocaram de técnico, Juventude e Atlético-GO, os outros dois times que ascenderam à elite, fizeram mudanças certeiras e colheram os frutos. O time goiano começou o campeonato com Mozart e, depois da passagem de Alberto Valentim, encontrou o equilíbrio necessário com Jair Ventura.
Já o Juventude trocou apenas uma vez e a mudança foi certeira. Após iniciar com Pintado, a equipe gaúcha contratou Thiago Carpini, treinador vice-campeão paulista com o Água Santa. Carpini tirou o time da vice-lanterna e conquistou o vice-campeonato da Série B.
TREINADORES QUE PASSARAM POR MAIS DE UM TIME
10 treinadores que estiveram na disputa da Série B passaram por mais de um time da competição. Veja a lista abaixo:
- Argel Fuchs (Chapecoense e ABC)
- Claudinei Oliveira (Vila Nova e Chapecoense)
- Eduardo Barroca (Ceará e Avaí)
- Fernando Marchiori (ABC e Sampaio Corrêa)
- Gilmar Dal Pozzo (Ituano e Chapecoense)
- Gustavo Morínigo (Ceará e Avaí)
- Marcelo Chamusca (Tombense e Botafogo-SP)
- Mozart (Atlético-GO e Mirassol)
- Pintado (Juventude e Ponte Preta)
- Umberto Louzer (CRB e Guarani)
LISTA DE TÉCNICOS DA SÉRIE B 2023
- Vitória (1°): Léo Condé
- Criciúma (3°): Cláudio Tencati
- Novorizontino (5°): Eduardo Baptista
- Juventude (2°): Pintado e Thiago Carpini
- Mirassol (6°): Ricardo Catalá e Mozart
- Sport (7°): Enderson Moreira e César Lucena*
- CRB (9°): Umberto Louzer e Daniel Paulista
- Guarani (10°): Bruno Pivetti e Umberto Louzer
- Botafogo-SP (12°): Adilson Batista e Marcelo Chamusca
- Ituano (14°): Gilmar Dal Pozzo e Marcinho
- Atlético-GO (4°): Mozart, Alberto Valentim e Jair Ventura
- Avaí (13°): Alex Souza, Gustavo Morínigo e Eduardo Barroca
- Ponte Preta (15°): Felipe Moreira, Pintado e João Brigatti
- Chapecoense (16°): Argel Fuchs, Gilmar Dal Pozzo e Claudinei Oliveira
- Tombense (18°): Marcelo Chamusca, João Burse e Moacir Júnior
- ABC (20°): Fernando Marchiori, Allan Aal e Argel Fuchs
Times com quatro técnicos
- Vila Nova (8°): Claudinei Oliveira, Marquinhos Santos, Lisca e Higo Magalhães
- Ceará (11°): Gustavo Morínigo, Eduardo Barroca, Guto Ferreira e Vagner Mancini
- Sampaio Corrêa (17°): Evaristo Piza, Márcio Fernandes, Fernando Marchiori e Dejair Ferreira
- Londrina (19°): Alexandre Gallo, PC Gusmão, Eduardo Sousa, Roberto Fonseca e Roberto Fonseca Júnior*