Presidente do Tricolor, Alex Santiago, comentou sobre as audições no CAS, que estão marcadas para este mês de março
As audições sobre o “Caso Lucero” na Corte Arbitral do Esporte (CAS), última instância desportiva, vão ocorrer em duas semanas (nos dias 14 e 15 de março). Em entrevista à Verdinha FM 92.5, nesta sexta-feira (1), o presidente do clube, Alex Santiago, afirmou que o Tricolor está seguro da defesa que vai apresentar e citou uma contradição no julgamento da Fifa, que deve ser apresentada como um dos novos argumentos no processo.
"Nossa assistência jurídica está muito tranquila, muito sólida sobre os argumentos que serão usados no julgamento. O primeiro (julgamento), no Tribunal de Demandas da FIFA, ao meu ver foi contraditório, e isso daí pode ser utilizado neste segundo momento, porque ao mesmo tempo que impuseram sanções desportivas, disseram que o Fortaleza não tem nenhuma dívida com o Colo-Colo, ou seja, há uma contradição nos termos, até porque se houvesse algo efetivamente praticado de forma equivocada de uma parte contra a outra, haveria certamente uma imposição de sanção financeira. São coisas que vamos discutir dentro do âmbito do processo e de uma estratégia que tem sido pensada", disse, em participação no programa Jogada 1º Tempo.
As audições, divididas em dois dias, serão realizadas em Lima, no Peru. O presidente do clube, Alex Santiago, vai acompanhar o processo in loco, mas o camisa 9 do Leão não vai precisar viajar para ser ouvido pela Corte. “O atleta deve ser ouvido por videoconferência, não vai precisar se deslocar, mas eu vou presencialmente acompanhar todo o passo a passo lá", confirmou o dirigente.
O CAS não tem uma data definida para proferir a decisão após ouvir as partes envolvidas no processo (Fortaleza, Colo-Colo e Lucero) e até que o parecer definitivo seja emitido, o Fortaleza pode contratar normalmente nas janelas de transferência do futebol brasileiro, bem como Lucero seguirá jogando.
"O Caso Lucero é discutido em torno de uma cláusula do contrato. O processo inteiro é sobre a interpretação dessa cláusula. O Fortaleza e o atleta defendem uma situação e o ColoColo defende uma outra posição sobre a cláusula. O Tribunal vai analisar e dizer qual interpretação procede", resumiu Santiago.
Entenda o caso
Em abril de 2023, o Colo-Colo acionou a Fifa contra o Fortaleza e contra Lucero. Segundo os chilenos, o Tricolor teria induzido o atacante a rescindir o contrato que tinha com eles para assinar com o Leão, mesmo que no documento não houvesse cláusula para saída.
O Colo-Colo chegou a pedir à Fifa que o jogador fosse impedido de trocar de clube durante três meses e pediu um valor de, aproximadamente, R$ 10 milhões. Além disso, o clube do Chile solicitou que o jogador ficasse afastado dos gramados por, pelo menos, quatro meses