Tricolor foi comandado pelo auxiliar-técnico Léo Porto, que trouxe novidades para o time principal, mas foi engolido pela intensidade do Galo de Sampaoli, vice-líder e melhor mandante do Brasileirão
Mais uma derrota em que o Fortalezaesboça uma reação para mudar a atitude dentro do campo, porém não tem forças para seguir em frente. Dessa vez, contra o Atlético/MG, melhor mandante da Série A do Brasileirão, a apatia pode ser justificada pelo domínio adversário, mas incomodou pela falta de alternativas no Mineirão neste domingo (31), pela 33ª rodada.
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O controle do time de Jorge Sampaoli era esperado, com o Galo possuindo 71% da posse de bola durante o confronto. Sem Enderson Moreira, se recuperando de Covid-19, o auxiliar-técnico Léo Porto comandou o Leão do Pici e fez algumas mudanças na equipe.
Luiz Henrique, volante de 21 anos com menos de 10 minutos em campo na Série A, foi titular pela esquerda do 4-4-2 tricolor, com Tinga fechando o lado direito. O camisa 88 alternava com Ronald no meio no 1º tempo em busca de incomodar a saída de bola do Galo, mas sem sucesso.
O Fortaleza até conseguiu resistir na etapa inicial frente à blitz mineira, que rondava a área cearense tentando infiltrações com Savarino e Sasha. Este último, inclusive, protagonizou a melhor chance do 1º tempo, em forte cabeceio defendido por Felipe Alves, o destaque tricolor no duelo.
Queda de foco
Porém, na 2ª etapa, o domínio atleticano se intensificou e a organização defensiva tricolor ruiu, com Tinga confuso na marcação de Guilherme Arana, deixando o corredor aberto para o lateral esquerdo subir ao marcar as ações no centro do campo.
Aos 11 minutos, a consequência veio: Hyoran cruzou pela direita e achou Arana arrancando por trás de Tinga para estufar as redes e abrir o marcador. O gol desconcentrou ainda mais a defesa tricolor, com pênalti questionável de Jackson após a bola resvalar em seu cotovelo.
Eduardo Vargas cobrou a penalidade e Felipe Alves defendeu com uma mão, mas, na sobra, o chileno finalizou para o fundo das redes e ampliou o placar.
A reação do Leão veio com a entrada de Osvaldo na esquerda do ataque, aprofundando para tabelar com David. O camisa 17 arrancou pele setor e sofreu pênalti de Jair, confirmado pelo VAR. Na cobrança, Osvaldo acertou a trave direita de Everson, desperdiçando a oportunidade de recolocar o time cearense no jogo.
Com tranquilidade, o Atlético administrou a posse e aguardou um desesperado Leão, que passou a pressionar a saída de bola apenas quando precisava reagir.
O resultado mantém o Fortaleza com 35 pontos (17º), primeiro clube na zona do rebaixamento, precisando de 10 pontos dos 15 a serem disputados para continuar na elite nacional.
Na próxima rodada, encara o Coritiba, às 18h30 desta quinta-feira (4), para depois enfrentar o Vasco e o Bahia, todos oponentes diretos na briga contra o Z-4. Sem agressividade, o Tricolor não pode esperar milagres para a desafiadora reta final.
A lesão de Romarinho e a saída de Yuri César aumentam o drama de um time que sabe se defender, mas que não consegue esboçar o mesmo ímpeto à frente.