Dono de provedora de internet é preso suspeito de receptar quase 1km de cabo de fibra óptica

A empresa funcionava há cerca de quatro anos, conforme a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE)

Escrito por Redação ,
Legenda: A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) apreendeu cerca de 875 metros de cabos de fibra óptica.
Foto: Divulgação/PCCE

O proprietário de uma empresa provedora de internet foi preso na tarde dessa terça-feira (4), no bairro Vila Ellery, em Fortaleza, suspeito de receptar cabos de fibra óptica. O material pertence a um grupo de telecomunicações e não pode ser comercializado. Conforme a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Iraldo Freitas, de 24 anos, foi encaminhado para o 1° Distrito Policial (DP)

Segundo o delegado do 1º Distrito, Renê Andrade, os 875 metros de cabos utilizados na transmissão de internet, dispostos em rolos, foram apreendidos em um galpão próximo à sede da empresa, que funciona há quatro anos, no bairro Vila Ellery. Ele informou também que o grupo lesado foi comunicado sobre o caso. “A provedora suspeita fornece internet para vários clientes do bairro e adjacências, como o bairro Monte Castelo. Mas já entramos em contato com o serviço de segurança e o setor jurídico da operadora proprietária do material”, disse. 

De acordo com Renê, ao ser questionado sobre a procedência do material apreendido, o suspeito alegou que havia comprado o produto de um reciclador. Contudo, o delegado afirmou ser falsa essa versão, informando ainda que a empresa já havia utilizado outros cabos oriundos de receptação para a instalação e distribuição de internet. 

“Ele disse que tinha comprado os cabos de um reciclador que passou em frente à empresa dele. Porém isso é algo fantasioso. Os cabos pertencem exclusivamente à operadora vítima do crime que não vende, nem disponibiliza o material. Por isso, não há a mínima dúvida de que eles têm um procedência criminal, havendo a possibilidade de que seja um produto vindo de um roubo de carga, um crime interno na operadora ou um furto nas transportadoras”, exclareceu o delegado.  

Conforme a Polícia Civil, o suspeito, sem antecedentes criminais, foi encaminhado para o 1° Distrito Policial, onde foi autuado em flagrante por crime de receptação qualificada, no exercício da atividade comercial, o qual a pena pode chegar a oito anos de reclusão. 


 

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