"Sou um morto vivo agora", diz pai que perdeu os 3 filhos soterrados em Petrópolis
Casal ainda aguardava a identificação das crianças neste sábado (19)
A tragédia de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, segue acumulando histórias de dor e sofrimento. Neste sábado (19), um casal aguardava a identificação dos seus três filhos mortos no deslizamento de terra no bairro Alto da Serra. As informações são do G1.
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Francisca Maranguape Silva, de 50 anos, ficou presa no trabalho por conta da chuva e não conseguiu chegar em casa. Já Fábio Machado Silva, 44 anos, estava com as crianças, de 6, 11 e 13 anos, e sobreviveu mesmo após ser arrastado pelo deslizamento.
“Eram tudo pra mim, minha vida era eles. Minha vida, praticamente, acabou. Sou um morto-vivo agora. Quero só a força de Deus e do Espírito Santo para me consolar”, disse Fábio ao G1.
Ele explicou ter ouvido um barulho e a destruição aconteceu menos de um minuto depois. Ele chegou a voltar no local onde a casa fica, mas já não encontrou os filhos.
Demora na identificação
Segundo Francisca, a dificuldade para identificar os filhos é porque a identificação está sendo feita por papiloscopia, que usa banco de dados de RGs.
“Eu não como desde terça-feira. Tô só no suquinho, na água… mas Deus que está me mantendo em pé. Quando eu me deito, eu choro, porque eu não vou ver mais as minhas crianças, né? Eu adorava fazer as coisinhas, eram tudo pra mim”, contou.