Reserva no Rio Grande do Sul é interditada devido a caso de gripe aviária e morte de 36 cisnes

Ministério confirmou uma infecção pela doença no local

Escrito por Redação ,
Cisne-de-pescoço-preto nadando em lago
Legenda: Mapa confirmou um caso da doença em um exemplar da espécie conhecida popularmente como cisne-de-pescoço-preto, que residia na unidade de conservação ambiental
Foto: Shutterstock

A Estação Ecológica do Taim, localizada no Rio Grande do Sul, foi interditada nessa segunda-feira (29) após 36 cisnes serem encontrados mortos e um caso de gripe aviária ser confirmado na unidade de conservação. A suspeita é que os demais animais tenham sido infectados pela doença. 

Os corpos das aves foram achados em um lago da reserva ambiental na última quarta-feira (24), durante trabalhos de rotina da equipe local, conforme informações do portal Uol. Por precaução, desde a última sexta (28) não é permitida a entrada de pesquisadores ou visitantes na reserva ecológica. 

Funcionários da Estação Ecológica do Taim recolhem cisnes encontrados mortos em lago da reserva ambiental, no Rio Grande do Sul
Legenda: Por precaução, a visita de pesquisadores ou de turistas na unidade não é permitida desde a semana passada
Foto: divulgação

O Ministério da Agricultura e da Pecuária (Mapa) informou que apenas um caso de gripe aviária foi confirmada na Estação Ecológica do Taim, nessa segunda-feira, em um cisne silvestre, da espécie cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus).

O foco é o primeiro do H5N1 no Estado. Antes, somente o Rio de Janeiro e o Espírito Santo haviam confirmados infecções pelo vírus.

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) disse, em nota ao Uol, que as amostras colhidas foram analisadas, e o caso foi notificado ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) e ao Mapa.

O consumo de carne e ovos de aves no Rio Grande do Sul é seguro, ressaltou a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado. 

Gripe aviária no Brasil em 2023

O Mapa decretou, na semana passada, estado de emergência zoossanitária em todo território nacional. A medida, válida por 180 dias, visa evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

Além do caso confirmado no Rio Grande do Sul, outros dois foram identificados: em um Trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) na Ilha do Governador (RJ), e em um Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo), no município de Piúma no Espírito Santo.

Com o aumento, o número de notificações oficiais de aves infectadas subiu para 13, sendo nove no estado do Espírito Santo, três casos no estado do Rio de Janeiro e um no sul do Rio Grande do Sul. 

Todos os casos confirmados foram identificados em animais silvestres. Até o momento, a doença contaminou aves de seis espécies diferentes. São elas: 

  • Trinta-réis de bando (Thalasseus acuflavidus);
  • Atobá-pardo (Sula leucogaster); 
  • Trinta-réis-real (Halasseus maximus);
  • Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo);
  • Corujinha-do-mato (Megascops choliba);
  • Cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphu).  

O Ministério salientou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da gripe aviária podem ser adquiridas, principalmente, através do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).

A Pasta orienta que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

O Brasil segue livre de influenza aviária na criação comercial, finalizou em nota o Mapa. 

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