Trump se entregará em prisão da Geórgia por acusação sobre tentativa de alterar resultado eleitoral

Durante a prisão histórica, ex-presidente terá impressões digitais e fotografia registradas

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
Donald Trump discursando
Legenda: Para escapar da prisão, político terá que desembolsar 200 mil dólares
Foto: Shutterstock

Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump se entregará, nesta quinta-feira (24), à Justiça norte-americana e permanecerá detido em uma prisão, localizada no estado da Geórgia. O momento histórico ocorre após o político ser acusado de tentar modificar o resultado das eleições presidenciais de 2020. 

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A estadia na unidade de segurança, no entanto, deve ser breve: assim como os outros 18 acusados, o empresário deverá ser detido e imediatamente liberado depois do pagamento de uma fiança no valor de 200 mil dólares

Apesar de rápida, a passagem deverá deixar marcas. De acordo com as normas da Justiça estadunidense, as impressões digitais do ex-presidente devem ser registradas durante a prisão. 

Além disso, Trump ainda pode ser obrigado a enfrentar a prática conhecida como “mugshot”, em que os suspeitos são fotografados. Em suas últimas apresentações às autoridades norte-americanas, o empresário conseguiu escapar do registro.

Xerife do condado de Fulton, área onde está localizada a prisão, Patrick Labat garantiu que todos os acusados receberão o mesmo tratamento. “Não importa a condição, estaremos prontos para fotografá-los”, afirmou. 

ACUSADOS

Os outros indivíduos envolvidos no caso já compareceram ao local e tiveram suas fotografias registradas normalmente. Entre eles, está Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e ex-advogado de Trump. 

Ao se apresentar nessa quarta-feira (23), Giuliani negou as denúncias ao deixar a unidade de segurança. “Esta acusação é uma farsa”, declarou ele.

Todos os 19 acusados terão até às 12h desta sexta-feira (25) para se apresentar na prisão. Os suspeitos retornarão ao tribunal no início de setembro, onde deverão se declarar culpados ou não.

JULGAMENTO

À frente do caso, a procuradora Fani Willis nomeou um grande júri, que indiciou o grupo por tentativa ilegal de obter a anulação do resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, Joe Biden.

O julgamento ainda não tem data marcada, mas Willis deseja que a audiência ocorra em março de 2024. 

Vale lembrar que todos os acusados no caso da Geórgia são processados com base em uma lei de combate ao crime organizado, que prevê penas de cinco a vinte anos de prisão.

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