Furacão Helene deixa 130 mortos e centenas de desaparecidos nos EUA
O fenômeno atingiu pelo menos seis estados
O furacão Helene já deixou 130 mortos no sudeste dos Estados Unidos, conforme balanço desta terça-feira (1º). Mais de 1,7 milhão de residências e empresas permaneciam sem energia, segundo o site poweroutage.us. A chefe de segurança nacional dos Estados Unidos, Liz Sherwood-Randall, disse que o número de mortos poderia aumentar porque há "600 pessoas desaparecidas".
Na Carolina do Norte, o número de mortos subiu para 57. Outras 29 faleceram na Carolina do Sul, 25 na Geórgia, 14 na Flórida, quatro no Tennessee e uma na Virgínia, segundo um balanço feito pela AFP com base em declarações de autoridades locais.
Helene tocou o solo na tarde da última quinta-feira (26) perto de Tallahassee, capital da Flórida, como um furacão de categoria 4 - em uma escala de 5 - com ventos de 225 km/h. Posteriormente, perdeu força e se tornou ciclone pós-tropical, mas deixou uma paisagem desoladora na região.
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Número de mortos pode aumentar
Na segunda-feira (30), a Casa Branca informou que o número de mortos pode chegar a 600. O alerta foi feito nesta segunda-feira, pela chefe do Departamento de Segurança Interna do país, Liz Sherwood-Randall.
"Os dados atuais que temos são de que parece que pode haver até 600 vidas perdidas. Mas não temos nenhuma confirmação disso. Sabemos que há 600 desaparecidos ou não contabilizados", revelou.
Ainda conforme Sherwood-Randall é impossível prever o prejuízo material agora. "Honestamente, não sabemos a extensão total dos danos. Provavelmente levará mais alguns dias à medida que as comunidades começarem a ser abertas pela remoção de detritos nas estradas, e possamos entrar e entender realmente o que aconteceu ali", declarou.
Catástrofe virou tema de campanha eleitoral
As eleições presidenciais dos Estados Unidos ocorrem em 5 de novembro. Com a tragédia, Donald Trump e Kamala Harris, candidatos republicano e democrata, respectivamente, discutiram o fenômeno climático em atos de campanha.
Donald Trump chegou nesta segunda-feira a Valdosta, na Geórgia, local mais castigado pela destruição causada pelas inundações.
Sem apresentar provas, o ex-presidente afirmou estar sendo negada ajuda a seus apoiadores do Partido Republicano. "O governo federal não está respondendo", disse a jornalistas, acrescentando que "a vice-presidente está em algum lugar, fazendo campanha, buscando dinheiro".
A Casa Branca refutou as críticas de Trump de que o presidente Joe Biden e a vice Kamala Harris não responderam ao desastre com rapidez suficiente.
A candidata democrata, que estava em viagem de campanha na Califórnia durante o fim de semana, cancelou compromissos para se informar sobre a resposta federal e também visitará as áreas afetadas após a primeira onda de operações de emergência.