Rússia anuncia primeiro lote de vacinas contra novo coronavírus para setembro
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko
A Rússia anunciou na manhã desta segunda-feira (31) que vai entregar o primeiro lote da vacina para Covid-19 "Sputnik V". O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko. A "Sputnik V" foi aprovada pelo país no mês de agosto.
De acordo com o cronograma publicado on-line pelo governo russo, os testes de fase 3 da vacina, com 40 mil voluntários, têm previsão de começar nesta semana. Nesta etapa, a eficácia e a segurança de uma imunização são testadas em larga escala (normalmente com milhares de voluntários).
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Segundo o governo russo, o objetivo é que 30 mil participantes recebam a "Sputnik V", e os outros 10 mil, um placebo (substância inativa), para servir de grupo controle. O governo russo afirmou ainda que é prioridade vacinar profissionais de saúde e professores nos ensaios.
O jornal "The Moscow Times" disse que o ministro da saúde declarou que já foram recrutadas cerca de 2,5 mil pessoas para os testes.
No início de agosto, o governo russo informou que a vacinação em massa no país tinha previsão de começar em outubro. Mikhail Murashko disse que a produção da vacina caminha paralelamente ao monitoramento, pós-registro, da eficácia da imunização.
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O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) disse que além da Rússia, outros cinco países devem participar dos testes. No entanto, o fundo não informou, entretanto, quais países são esses e nem quantos voluntários cada um terá.
Desconfiança mundial
No dia 11, a Rússia se tornou o primeiro país no mundo a aprovar uma vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), mas a aprovação foi criticada pela comunidade internacional, pois não foram publicados estudos que mostrassem a eficácia da vacina. O país rejeitou as preocupações e anunciou, no dia seguinte, que começaria a vacinar médicos dali a duas semanas.
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De acordo com o governo russo, ao menos 20 países solicitaram mais de 1 bilhão de doses da Sputnik V, apesar das preocupações com a segurança.
A vacina deve entrar em circulação civil em 1º de janeiro de 2021, conforme um certificado de registro no site do Ministério da Saúde russo, apurou o "The Moscow Times".