Vigilante emprestou R$ 5 a ex-namorada antes de ser morto pela suspeita; entenda o caso

Imagens da câmera de segurança auxiliaram o trabalho da Polícia na identificação dos suspeitos

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
latrocinio vigilante
Legenda: Quatro suspeitos foram presos pelo latrocínio
Foto: Reprodução

A Justiça decidiu manter a prisão de Mardna Batista de Lima e dos outros três suspeitos de participarem da morte do vigilante Manoel Alexandre da Silva. Mardna e a vítima eram ex-namorados e combinaram de se encontrar para que ele desse R$ 5 a mulher.

Conforme documentos obtidos pela reportagem do Diário do Nordeste, no dia do crime, a vítima ligou para a ex perguntando como ela estava. Foi quando Mardna teria combinado o encontro presencial e pedido R$ 5.

Já no local do encontro, a suspeita teria surgido em companhia de outros três homens, identificados como Fernando Antônio Pinto de Oliveira, Wagner da Silva Sampaio e Francisco José dos Santos Coelho. A Polícia Civil do Ceará aponta que o crime se tratou de um latrocínio (roubo seguido de morte). Os suspeitos foram presos em flagrante. 

Manoel foi morto no entorno da BR-116, no bairro Dias Macedo, no último dia 6 de julho. Ele foi torturado e espancado

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Mardna nega ter chamado os demais suspeitos para a acompanhar no encontro. Ela afirma que o dinheiro pedido ao ex-namorado era para comprar drogas, "porque é viciada em crack desde os 14 anos de idade". A suspeita já tinha antecedente criminal por uso de documento falso.

PRISÃO PREVENTIVA

Imagens de uma câmera de segurança auxiliaram o trabalho da Polícia na identificação dos suspeitos, que foram presos. Segundo a Polícia Civil do Ceará, após serem detidos, eles foram levados para o 13º Distrito Policial, no bairro Cidade dos Funcionários, onde foram autuados em flagrante.

Em audiência de custódia, o juiz da 17ª Vara Criminal decidiu converter as prisões em flagrante em preventiva. Para o magistrado, estão presentes os indícios de autoria e materialidade. "As condutas delitivas revelam-se concretamente grave, pois os agentes, em concurso, utilizando-se de ardil e da confiança da vítima, que mantinha relacionamento amoroso com a autuada Mardna, entraram na empresa onde a vitima trabalhava, subtraíram vários bens da empresa e, ainda, ceifaram a vida do ofendido".

Os demais detidos também já tinham passagens pela Polícia. Fernando já havia sido preso por crimes como homicídio e estupro; Wagner, tem antecedentes criminais por roubo; e Francisco José por furto e tráfico de drogas: "a segregação objetiva garantir a ordem pública contra a recidiva", diz trecho do documento obtido pela reportagem. 

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