Professora é agredida em Quixadá após pedir a homem que usasse máscara corretamente

Segundo relato da vítima, o homem desconhecido chegou ao local procurando aulas para a filha. Professora dá aulas na própria casa

Escrito por Redação ,
Legenda: Caso foi registrado na Delegacia Regional de Quixadá
Foto: Reprodução / Google Maps

Uma professora de reforço, de 29 anos, foi agredida com um soco após pedir uso adequado da máscara para um homem que procurava aulas para a filha dele, no município de Quixadá. A agressão aconteceu na última quinta-feira (24). 

A mulher, que não teve a identidade divulgada, dá aulas de reforço na própria casa, onde mora com familiares. 

Segundo relatou em entrevista à TV Verdes Mares, um homem chegou ao local para conhecer o ambiente e saber mais sobre o serviço prestado para matricular a filha. Como ela costuma receber pais de alunos, abriu a porta. 

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No entanto, o homem estava usando a máscara na altura do queixo, sem cobrir boca e nariz. O equipamento é de uso obrigatório por lei para evitar a transmissão da Covid-19. 

'Caí desacordada'

Por isso, ela solicitou que ele ajeitasse a máscara o que o irritou. "Ele arrancou a máscara do queixo falando que não usava em lugar nenhum, não era eu que ia obrigá-lo a usar. Falei que realmente não poderia obrigá-lo, mas não poderia permitir que ele entrasse. Quando falei, ele já me deferiu um soco no rosto e caí desacordada no chão da sala", conta ela. 

A professora foi socorrida pelo irmão, que prontamente recrutou outras pessoas para procurar pelo agressor. Mas não o encontraram. 

"Eu tava tão atordoada que até conseguir digerir o que tinha acontecido, já caí em prantos. Meus alunos não presenciaram a agressão, mas ficaram bastante assustados".

A mulher diz que o fato foi aterrorizante. "A sensação de medo foi a pior possível, a sensação de ser agredida dentro de casa é aterrorizante. Ainda mais quando você percebe que foi sem motivo algum, pois a gente sabe que usar a máscara é o correto".

Problemas até para se alimentar

Após a agressão, a professora afirma estar com o rosto muito inchado e dolorido, com problemas até para se alimentar, pois sente dor quando mastiga alimentos. "Fora a questão emocional que pesa mais", ressalta. 

No mesmo dia da agressão, ela registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional de Quixadá.

Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) afirma estar investigando a ocorrência e apura o caso para capturar o suspeito. 

As autoridades reforçam ainda que a população pode contribuir com as investigações repassando informações. 

As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o Whatsapp (85) 3101-0181, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. As informações também podem ser repassadas para o número (88) 3445-1047, da Delegacia Regional de Quixadá, ou para o WhatsApp da unidade policial: (88) 98821-6771.

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