Policial penal detido em Fortaleza ameaça 'dar tiro na cabeça' de PMs e é solto horas depois

A ocorrência foi registrada no bairro Conjunto Esperança. Segundo a PMCE, o agente teria cometido desacato, desobediência e resistência

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
viatura pm
Legenda: O policial penal foi detido por policiais militares, durante a madrugada deste sábado (19)
Foto: Divulgação/PMCE

Um policial penal foi detido no bairro Conjunto Esperança, na madrugada deste sábado (19). O agente, de nome preservado, é suspeito de cometer crimes de desacato, desobediência e resistência. Ele chegou a ficar detido durante poucas horas, até que fosse concedida sua liberdade provisória por decisão da Justiça.

A reportagem do Diário do Nordeste apurou que o policial penal discutia com a esposa e quebrava objetos dentro de casa, no bairro Conjunto Esperança. A mulher chegou a acionar uma viatura para receber apoio, "uma vez que seu esposo estava muito alterado".

Ao chegar no local, os policiais foram recebidos com ameaças e ofensas. Consta nos autos que o suspeito estava visivelmente alterado, embriagado e teria proferido palavrões contra os militares. Já na viatura, ao ser conduzido para o 32º Distrito Policial, o servidor teria dito: "vou matar vocês, dar um tiro na cabeça", se referindo aos militares.

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AUTUADO EM FLAGRANTE

A Polícia Militar do Ceará (PMCE) confirmou a ocorrência. Por nota, a PM disse que o suspeito "encontrava-se em estado não colaborativo, desobedecendo às ordens dos militares,  desacatando-os e impondo resistência após ter recebido voz de prisão".

Já na delegacia, o policial penal assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi autuado em flagrante. O Ministério Público do Ceará (MPCE) homologou o flagrante, mas emitiu parecer a favor da restauração da liberdade do autuado, com aplicação das medidas cautelares.

Na decisão pela soltura, a juíza destacou que a prisão preventiva no Sistema Penal Brasileiro "é medida de exceção, que só se justifica em situações nas quais a segregação provisória seja indispensável". 

A magistrada determinou que fossem aplicadas medidas cautelares pelo período de seis meses.

Dentre as medidas há que o suspeito deve comparecer periodicamente na Central de Alternativas Penai, está proibido de frequentar locais onde haja venda ou consumo de bebida alcoólica, proibido de se ausentar de Fortaleza por mais de oito dias e deve se manter recolhido em domicílio das 21h às 6h.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) está ciente do fato envolvendo o agente e informou que "determinou a imediata instauração de procedimento disciplinar para apuração na seara administrativa, estando este, atualmente, em trâmite". 

 

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