Homicidas em Fortaleza: DHPP prende 380 suspeitos por crimes no Ceará, de janeiro a junho de 2023
Uma das prisões, a de um homem suspeito de uma chacina, aconteceu em um shopping no bairro Edson Queiroz
O número de prisões realizadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por crimes ocorridos em Fortaleza disparou. De janeiro a junho de 2023, foram 380 suspeitos detidos, a maioria deles homicidas. Em igual período no ano passado, 267 capturas foram registradas. Comparando os números, o aumento chega a 42%.
De acordo com o delegado diretor do DHPP, Ricardo Pinheiro, "a grande maioria dos homicídios que ocorrem na Capital vêm da questão do conflito das facções". Uma das prisões de maior repercussão nos últimos meses foi a de um suspeito de participar de uma chacina, no Lagamar.
Paulo Victor Carneiro de Morais, conhecido como “Vitim”, tem extensa ficha criminal e foi preso em um shopping de Fortaleza. A captura do homem apontado como liderança de uma facção na região onde o crime aconteceu veio quase um ano após a matança.
80 prisões em junhoDos seis primeiros meses, junho liderou em números de capturas
"São prisões relevantes, como essa, prisões também realizadas em outros estados. Sabemos que o grande percentual dos envolvidos em homicídios têm ligação com facções. É um problema que enfrentamos no Ceará", disse o delegado.
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CASOS A SEREM SOLUCIONADOS
A DHPP estima que quase 27% das investigações dos assassinatos ocorridos em Fortaleza, em 2023, já tenham sido solucionadas na unidade especializada. O delegado diz que o tempo para resolução varia conforme a complexidade do caso.
"A tendência é elevação do percentual uma vez que os inquéritos demandam tempo da sua conclusão, sendo inseridos na estatística somente após relatório final e remessa ao Judiciário"
Uma das mortes emblemáticas nos últimos meses e que o caso segue sem desfecho é a do advogado Francisco Di Angelis Duarte de Morais. O homem de 41 anos foi assassinado a tiros enquanto descia do carro, no bairro Parquelândia, em Fortaleza.
Policiais civis realizaram buscas em pelo menos quatro municípios do Ceará. Há informações que os suspeitos detidos são dois ex-policiais e um empresário.
Ricardo Pinheira afirma que a primeira parte da investigação deste caso foi concluída, mas o relatório final segue em construção.