Empresário 'Rei do Piseiro' já havia sido preso em flagrante, por porte de arma de fogo, há 4 meses
Homem voltou a ser detido, desta vez por tráfico de drogas, em uma investigação da Polícia Civil do Ceará
O empresário do ramo musical Vinícius Cruz de Aquino, conhecido como 'Rei do Piseiro', de 27 anos, preso em flagrante por tráfico de drogas, no Ceará, na última segunda-feira (9), e solto em audiência de custódia, horas depois, já havia sido detido na posse de ilícitos, há menos de 4 meses.
Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, Vinícius de Aquino e mais dois homens foram presos em flagrante pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), no dia 22 de setembro de 2022, no bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte, na Região do Cariri. O trio estava em um bar, quando policiais militares chegaram ao local, fizeram buscas e encontraram uma pistola calibre 380 e 15 munições.
Vinícius assumiu a propriedade da arma, segundo os policiais militares. Mas, ao ser interrogado na Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), ele preferiu se manter em silêncio.
O empresário do ramo musical solicitou à Polícia Civil que fosse arbitrada fiança para a sua soltura, o que foi atendido pelo delegado. O suspeito pagou R$ 1,2 mil e foi solto, horas após a prisão.
A Polícia Civil concluiu o Inquérito Policial com o indiciamento somente de Vinícius de Aquino, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, em 30 de setembro do ano passado.
Entretanto, no dia 16 de dezembro último, o Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu à Justição Estadual a homologação de Acordo de Não-Persecução Penal, por entender que "a conduta imputada ao Investigado possuía pena mínima inferior a quatro anos, fora praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa e não configura crime praticado no âmbito de violência doméstica ou familiar ou contra a mulher por razões da condição de sexo feminino".
Constatou-se, em análise aos autos, que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, acrescidos dos motivos, circunstâncias econsequências do crime indicam que o acordo de não persecução penal configura medidanecessária e suficiente para reprovação e prevenção do crime."
O suspeito concordou com a medida, mas o Acordo de Não-Persecução Penal ainda não foi homologado pela Justiça Estadual, até a publicação desta matéria.
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Prisão por tráfico de drogas
Vinícius Cruz de Aquino voltou a ser preso em flagrante, na última segunda-feira (9). Desta vez, a Polícia Civil deteve o empresário, junto de um amigo, Lucas Oliveira do Nascimento, na posse de 3kg de cocaína, 52 munições de calibres variados e dinheiro.
Em vistoria pelo carro de Vinícius, que se apresenta como empresário do ramo de entretenimento e gerenciador de carreira musical de artistas, os policiais encontraram mais drogas escondidas em uma embalagem de suplemento."
A dupla foi levada à Delegacia Regional de Juazeiro do Norte e autuada em flagrante por tráfico de drogas.
Mas, horas depois, em audiência de custódia, Vinícius foi solto, sob aplicação de medidas cautelares, como: não frequentar bares ou festas, proibição de se ausentar da comarca onde reside, comparecer mensalmente a central de cédula de monitoramento para justificar atividades e endereço.
Sobre Lucas do Nascimento, o juiz decidiu converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. Na decisão, o juiz destacou que "resta caracterizada a necessidade de garantia da ordem pública" e que ele "representa grave perigo à ordem pública, frente à probabilidade de reiteração da prática delituosa".
Em nota publicada nas redes sociais, Vinícius de Aquino alegou, sobre a prisão, que "foram divulgadas informações parciais e inverídicas". "Refuto todas as acusações e minha inocência será provada no decorrer do processo", destacou.
Nas redes sociais, o empresário aparece ao lado de artistas conhecidos nacionalmente. A reportagem apurou que o suspeito promove festas no Interior do Estado e gerencia carreiras musicais. Ele já vinha sendo monitorado pelas autoridades desde o último mês de dezembro. A reportagem tentou entrar em contato com a defesa do suspeito, mas não conseguiu.
Aos que conhecem minha índole, sabem da trajetória de trabalho que venho tendo há 10 anos, comprovei hoje em Juízo documentalmente a licitude dos meus proventos, minha primariedade e conduta de trabalho árduo. Não caí de paraquedas no meio da produção de eventos, galguei pouco a pouco meu espaço e nome, buscando sempre de forma honesta alcançar os meus sonhos."