Controladoria de Disciplina investiga sargento da PMCE acusado de matar topiqueiro em Aiuaba
O crime aconteceu no dia 19 de outubro de 2021. Ângelo de Araújo Andrade foi assassinado a tiros, enquanto trabalhava
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) instaurou conselho de disciplina para apurar a conduta do sargento Antônio Bernardo da Silva Filho, réu pela morte de um topiqueiro na cidade de Aiuaba, Interior do Ceará.
Nessa segunda-feira (3), a CGD publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) sobre a investigação na seara administrativa e destacou "a incapacidade deste para permanecer nos quadros da Corporação Militar", se referindo ao PM.
O crime aconteceu no dia 19 de outubro de 2021. Ângelo de Araújo Andrade foi assassinado a tiros, enquanto trabalhava. A vítima já vinha sofrendo ameaças de morte pela internet, de acordo com familiares. O sargento nega a autoria do crime.
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INVESTIGAÇÃO
O sargento foi flagrado por meio de uma 'selfie' feita por uma mulher, momentos antes do crime. O policial militar foi acusado pelo Ministério Público do Ceará e virou réu na Justiça Estadual por homicídio qualificado (por motivo fútil e por emboscada), no dia 26 de maio de 2022.
A Polícia também apurou com testemunhas que a companheira do policial militar também era alvo de ameaças, além de agressões e até cárcere privado, segundo o Ministério Público do Ceará.
No dia do crime, por volta de 5h50, dois homens aguardavam pela vítima em uma parada de ônibus, na CE-176. Quando a topic parou, a dupla se aproximou com uma espingarda calibre 12 e um revólver e efetuou vários disparos contra Ângelo, que morreu no local.
Em Resposta à Acusação, a defesa do réu afirmou à Justiça que a denúncia "em momento algum coloca o denunciado na cena do crime".
A defesa questionou qual dos dois homens que aparecem na "selfie" seria o seu cliente, o uso do reconhecimento fotográfico pela investigação e o motivo da Polícia Civil não ter pedido a prisão do segundo PM, que também foi apontado por testemunhas como suspeito de cometer o crime. E negou as agressões que teriam sido cometidas pelo PM contra a sua companheira.