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Plano de atentado contra Lula e Alckmin foi discutido na casa de Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro

O encontro foi revelado à Justiça por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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Braga Netto é um homem de meia idade branco de cabelo quase raspado e grisalho. Na foto, ele está sério em frente a uma bandeira do Brasil e usa terno cinza, camisa social branca listrada e gravata azul estampada
Legenda: Braga Netto foi ministro da gestão Bolsonaro e candidato a vice-presidente nas eleições de 2022
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O plano de atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), revelado nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, foi discutido na casa do general Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro (PL).

Conforme a investigação, a conversa aconteceu no dia 12 de novembro de 2022, poucos dias após a divulgação do resultado das eleições gerais daquele ano, em que Lula e Alckmin saíram vitoriosos e desbancaram a candidatura de Bolsonaro à reeleição.

O encontro foi confirmado à Polícia pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que se tornou colaborador da Justiça. O relato foi corroborado por materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes, da reserva, preso nesta terça na Operação Contragolpe.

O depoimento relevou ainda que, na reunião, além de Braga Netto e Mauro Cid, estavam presentes os majores Hélio Ferreira Lima e Rafael de Oliveira, que também foram presos nesta terça por suspeita de envolvimento no plano para matar Lula e Alckmin. A intenção do grupo era executar os políticos da chapa vitoriosa no dia 15 de dezembro.

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Inclusão de Moraes no plano

Segundo a PF, após esse encontro, o major Oliveira enviou para Mauro Cid um documento no Word intitulado "Copa 2022", indicando as necessidades iniciais de logística e o orçamento para o atentado. O plano envolvia empregar os chamados "kids pretos", a tropa de elite do Exército.

Foi somente após este encontro que o grupo teria iniciado o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de diversas investigações contra Bolsonaro.

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