No 2º turno, Camilo Santana anuncia apoio a Sarto e eleva tom contra Capitão Wagner

Em coletiva de imprensa nesta segunda, o governador conclamou partidos e candidatos derrotados a integrarem o arco de alianças do pedetista

Escrito por Alessandra Castro ,
fotografia
Legenda: Sobre o primeiro turno, o governador afirmou que não entrou na campanha de nenhum candidato porque tinha dois aliados na disputa
Foto: Natinho Rodrigues

Com a definição do nome de Sarto Nogueira (PDT) e Capitão Wagner (Pros) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de Fortaleza, o governador Camilo Santana (PT) anunciou, nesta segunda-feira (16), publicamente, apoio ao candidato pedetista e voltou a elevar o tom contra o candidato do Pros.

Em coletiva de imprensa nesta segunda, o governador conclamou partidos e candidatos derrotados a integrarem o arco de alianças do pedetista. 

"Eu tenho a certeza e a garantia de que o Sarto representa o melhor para Fortaleza, e o meu desejo era conclamar a todos que querem o bem de Fortaleza, a todos os candidatos que fizeram parte do primeiro turno, a todos os partidos a se somarem à candidatura do Sarto no segundo turno", reforçou o chefe do Executivo Estadual

Na ocasião, o petista também elevou o tom contra Capitão Wagner, classificando-o como "representante do Bolsonaro" e "candidato do ódio".

"Eu me posicionei em relação ao candidato adversário, porque ele procurou nesse primeiro turno esconder a sua participação direta nos dois motins que ocorreram no Estado. Eu que vivi e vivenciei o problema este ano, sei o quanto isso representou para os cearense. É o candidato que usou a política da violência para buscar atingir os seus objetivos pessoais. E isso tenho procurado combater insistentemente", ressaltou Camilo se referindo a Capitão Wagner.

Sobre o primeiro turno, o governador afirmou que não entrou na campanha de nenhum candidato porque tinha dois aliados na disputa. "Eu tenho uma parceria administrativa e política com o PDT e respeito a candidatura do meu partido, que é a da Luizianne", pontuou.

Busca por alianças

Nesta segunda-feira (16), tanto Capitão Wagner como Sarto afirmaram já ter começado a conversar com os candidatos derrotados em busca de aliança.

Wagner projeta que alguns postulantes devem se posicionar de forma neutra, sem declarar apoio a ele ou ao seu adversário. "Aqueles que têm uma expressão maior de voto demonstram uma certa neutralidade. O Heitor Férrer já demonstrou essa neutralidade, acredito que a Luizianne vai demonstrar essa neutralidade. […] Acredito que o desafio vai ser conquistar os eleitores de todos esses candidatos", afirmou.

Para o concorrente do Pros, a igualdade no tempo de propaganda no rádio e na TV no segundo turno deve lhe ajudar a se sobressair no segundo turno. "A gente começou a campanha com a pesquisa apontando entre 33% e 35% dos votos. A gente terminou com 33% e alguma coisa. Então, a gente manteve um voto bem fiel na campanha, apesar de tanta pancada, de tanta calúnia e difamação na propaganda de rádio e TV. Nosso tempo era muito curto e acredito que agora, com um tempo igual, a gente vai mostrar a verdade para cidade, mostrar o nosso programa, que é o melhor indiscutivelmente", reforçou.

Já Sarto  diz que as definições sobre a ampliação do seu arco de alainças devem sair nos próximos dias. "Comecei a fazer alguns contatos com todos os candidatos que não tiveram êxito nesse primeiro momento. […] Cada partido tem suas instâncias para definir formalmente a posição. A maioria dessas reuniões está ocorrendo agora ou mais tarde, e creio que já, já a gente terá notícias em relação a ampliar o arco de aliança", ressaltou.

Sobre estratégias para os próximos dias, ele afirma que não vai "ceder a ataques pessoais". "Eu não vou cair nessa cilada de fazer um debate no campo pessoal, meu debate será na linha de apresentar projetos, comparar propostas, trajetórias", concluiu.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.