Cúpula do Clima tem início com discursos de Bolsonaro e outros líderes; acompanhe ao vivo
Evento virtual é organizado pelos Estados Unidos
Líderes mundiais se reúnem a partir desta quinta-feira (22) na Cúpula dos Líderes sobre o Clima, evento virtual organizado pelos Estados Unidos para discutir ações e meta para mitigar a crise climática. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), discursou e prometeu diminuir emissões.
A cúpula reúne 40 chefes de estado e ocorre até sexta-feira (23). A brasileira Sinéia do Vale, líder indígena do povo Wapichana, está entre os convidados. Sinéia irá representar o Conselho Indígena de Roraima e afirmou ao portal UOL que irá discursar sobre a perspectiva indígena do aquecimento global.
A Cúpula tem início no Dia da Terra, celebração mundial para estimular a consciência para os problemas da contaminação, degradação e devastação ambiental. Os líderes devem estabelecer metas para cortar a emissão de gases poluentes e medidas para cumprir o Acordo de Paris, por exemplo.
O evento deve ser uma espécie de preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP-26, que ocorre entre 1º e 12 de novembro em Glasgow, na Escócia.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, anunciou a meta de cortar as emissões de carbono em 52% até 2030, em seu discurso de abertura da Cúpula.
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Na terça-feira (20), a União Europeia chegou a um acordo climático provisório para a redução de pelo menos 55% nas emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2030.
Discurso de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro discursou por três minutos e reafirmou o comprometimento em acabar com o desmatamento ilegal até 2030, medida anunciada em carta enviada a Joe Biden em 14 de abril.
O evento ocorre em meio a pressão interna e externa sob a condução das questões ambientais por Bolsonaro e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.
Na terça-feira (20), fiscais do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros servidores publicaram uma carta na qual afirmam que "todo o processo de fiscalização e apuração de infrações ambientais encontra-se comprometido e paralisado" devido a um recente ato publicado pelo governo.
Nesta quarta-feira (21), o termo "#ForaSalles" ficou em alta no Twitter, com pedidos para que o ministro deixe o cargo.
Em abril, o então superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva, enviou notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal, apontando que Ricardo Salles atua para dificultar a fiscalização do desmatamento. Na semana passada, o diretor-geral da PF decidiu tirar Saraiva da chefia.