O futuro dos apps de finanças: por que a gamificação é tendência no setor financeiro

Fintechs que adotam estratégias gamificadas alcançam métricas robustas: Aumento de até 40% na interação dos usuários em algumas plataformas

Escrito por
Leandro Maldonado producaodiario@svm.com.br
Empreendedor
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A gamificação, que é a inclusão de elementos lúdicos como recompensas, desafios, badges e progressão vem remodelando a forma como lidamos com finanças. De acordo com a MarketsandMarkets, o mercado global de gamificação, avaliado em US$ 9,1 bilhões em 2020, pode triplicar até 2025. Já dados da Mordor Intelligence indicam um crescimento da estimativa global para US$ 19,4 bilhões até 2025, com projeção de chegar a US$ 61,3 bilhões até 2030. 

No setor financeiro, isso se traduz em aplicativos que não apenas simplificam operações como pagar contas ou investir, mas que tornam essas interações envolventes, recompensadoras e até motivacionais. 

Fintechs que adotam estratégias gamificadas alcançam métricas robustas: Aumento de até 40% na interação dos usuários em algumas plataformas. Saltos de até 700% em engajamento de novos usuários e aumento de até 45% na margem de lucro e apps gamificados reportam retenção de usuários 40% maior e sessões 3,2 vezes mais longas, com usuários dessas plataformas 60% mais propensos a investir regularmente. 

Diversos aplicativos já aplicam essas táticas de sucesso: o Revolut, por exemplo, oferece “missões” semanais que estimulam comportamentos financeiros saudáveis com recompensas via cashback ou descontos; Long Game faz do ato de poupar um jogo: moedas virtuais acumuladas viram rodadas em jogos que podem gerar prêmios reais e outras soluções transformam o trajeto financeiro em uma jornada lúdica, como quests, streaks, e comparações sociais.  

As tecnologias emergentes prometem levar a gamificação financeira a outro nível. A inteligência artificial é capaz de personalizar desafios e recompensas em tempo real, ajustando-se ao perfil e comportamento individual. A realidade aumentada e realidade virtual possibilitam visualizações imersivas de metas financeiras, como acompanhar o impacto do crescimento do patrimônio de forma tangível. O blockchain pode garantir transparência e segurança em sistemas de recompensa, além de permitir incentivos mais sofisticados, como tokens ou criptoativos.  

Apesar das vantagens, é importante adotar uma abordagem responsável. Como alertam especialistas, a gamificação mal estruturada pode incentivar comportamentos arriscados ou criar dependência, o que é especialmente perigoso em apps de investimento.  

A chave está em garantir transparência, evitar recompensas vazias e assegurar que o jogo sirva à educação financeira, e não ao entretenimento em si. Um design ético e cuidadosamente alinhado aos objetivos dos usuários faz toda a diferença.  

Apps como o PipWars, por exemplo, ilustram essa nova geração de soluções: oferecem engajamento genuíno por meio de simulações e desafios, com foco em aprendizado real, e não apenas distração. Trazem o usuário para uma experiência prática, divertida e educativa sem perder o propósito de formar conhecimento sólido e autônomo. 

A gamificação não é apenas uma moda passageira no setor financeiro é uma revolução estrutural em como as pessoas aprendem, praticam e se envolvem com suas finanças. Com inteligência artificial, interfaces imersivas e sistemas de recompensa transparentes, o futuro dos apps financeiros aponta para experiências que eduquem, incentivem e empoderem do primeiro ao último clique. 

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