Março: mês de alerta sobre a disfagia

Estudos indicam que entre 16% e 22% das pessoas acima de 50 anos no Brasil sofrem com a disfagia

Escrito por
Davi Cunha producaodiario@svm.com.br
Cirurgião-dentista
Legenda: Cirurgião-dentista

A relação entre a disfagia (dificuldade para engolir) e a saúde bucal é especialmente mais significativa entre os idosos. A atenção odontológica não deve ser vista como um cuidado isolado e sim como um componente essencial na prevenção e tratamento das complicações relacionadas a essa condição. Março, mês dedicado ao Dia Nacional de Atenção à Disfagia, é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre as causas, que podem incluir doenças neurológicas, distúrbios musculares e alterações anatômicas.

Estudos indicam que entre 16% e 22% das pessoas acima de 50 anos no Brasil sofrem com a disfagia. No entanto, um aspecto frequentemente negligenciado é a interdependência entre essa condição e a saúde bucal, que impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes e é fator determinante para uma deglutição eficiente.

Problemas dentários, como cáries, gengivite e a perda de dentes, podem comprometer a mastigação, dificultando o processo de engolir. Infecções bucais também podem agravar a disfagia, tornando a alimentação dolorosa e aumentando o risco de aspiração, o que pode levar a complicações respiratórias graves, como pneumonia aspirativa.
Entre os idosos, que frequentemente enfrentam desafios como a perda total de dentes, o acompanhamento odontológico regular é crucial. Com avaliações periódicas, o dentista identifica problemas precocemente e implementa soluções, como próteses dentárias ou implantes modernos, que não exigem cortes invasivos.

Hoje, a eficiência mastigatória pode ser restaurada com técnicas avançadas de implantes dentários com métodos que devolvem a capacidade de mastigação em poucos dias, garantindo conforto e funcionalidade aos pacientes. Para pacientes que perderam consideravelmente o osso maxilar e não podem receber implantes dentários tradicionais, os implantes zigomáticos são uma alternativa. Fixados no osso zigomático (localizado na maçã do rosto), são ideais para quem não suporta os implantes convencionais.

O manejo da disfagia deve envolver uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, fonoaudiólogos e dentistas. A educação de pacientes e cuidadores sobre a importância da saúde bucal na prevenção de complicações é um passo essencial. Com a prevenção, sedimentamos o melhor caminho para minimizar os riscos da disfagia.

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