A importância das organizações evolutivas

Escrito por
Marco Dalpozzo producaodiario@svm.com.br
Marco Dalpozzo é professor da Fundação Dom Cabral
Legenda: Marco Dalpozzo é professor da Fundação Dom Cabral
Após sua longa viagem de descobertas, durante 5 anos no redor do mundo, e muito por aqui na América Latina, Charles Darwin, ainda jovem cientista, naturalista e geólogo da evolução, soube afirmar que a nossa evolução e a do planeta aconteceu do jeito que aconteceu com alto grau de acaso. Por exemplo: o desenvolvimento humano não foi linear como nos mostra a maioria das imagens onde aprendemos sobre o progresso da humanidade. A ciência e a paleontologia nos ensinam que foram conhecidas e identificadas pelo menos cinco espécies de humanos convivendo ao mesmo tempo, cerca de dois milhões de anos atrás, onde só uma, por motivos diversos, sobreviveu até os dias atuais.

Darwin desenhou a evolução do planeta como uma árvore, onde existe o tronco principal, as raízes e um monte de ramificações. As ramificações aconteceram em “arbustos” evolucionários. A metáfora do “arbusto do desenvolvimento” substitui a tradicional “árvore-da-vida” para ilustrar a complexidade do desenvolvimento dos seres humanos e dos organismos em geral. Enquanto a árvore sugere uma única linha evolutiva clara e ascendente, o arbusto indica uma rede mais densa e interligada de espécies e linhagens. Esse conceito, também proposto por cientistas como Stephen Jay Gould (A Vida Maravilhosa, 1989), reflete a complexidade da realidade e de um conceito de evolução não linear.

Composta de uma série de caminhos divergentes, onde diversas espécies coexistem, se ramificam e se extinguem, somente algumas se adaptam e sobrevivem. Em vez de uma linha direta de ancestralidade, há um emaranhado de linhagens que interagem e até se hibridizam. Isso reflete uma ascensão cheia de ramificações que, por vezes, se extinguem e, outras vezes, seguem até hoje.

Assim como na natureza, o que podemos aprender e observar em organizações que existem há muito tempo e continuam adaptadas aos nossos tempos e que podemos chamar de evolutivas? Empresas que existem há mais de um século de vida? O segredo da longevidade organizacional pode estar na capacidade de adaptação, na abertura para mudanças e no crescimento constante de seus processos e propósitos. As empresas que compreendem essa dinâmica tendem a se destacar e a garantir sua sobrevivência no mundo em constante transformação.

Marco Dalpozzo é professor convidado da FDC e FAAP e sócio do Grupo e*

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