A escola como rede de apoio

Escrito por Rosemary Pontes , rosemary.pontes@universocolegio.com.br
Rosemary Pontes é  diretora Pedagógica da Rede Multiverso Educação
Legenda: Rosemary Pontes é diretora Pedagógica da Rede Multiverso Educação

Quando nos tornamos mães e pais, entre tantas coisas importantes dessa experiência transformadora, está o vínculo que estabelecemos ou fortalecemos com as pessoas que formam ou vão formar nossa rede de apoio. É uma amiga próxima que faz aquela visita, fica um tempo com a criança e ainda ajuda em alguma demanda doméstica. São os avós, capazes de, a depender da disponibilidade de tempo que têm, se mudarem por semanas ou meses para a casa da família, para dar suporte ao filho ou filha e ainda paparicar o neto.

Há, inegavelmente, famílias com mais rede de apoio que outras. Há aquelas que contam com o auxílio generoso da vizinha ou do vizinho de porta, que se sensibiliza com os desafios de uma rotina exaustiva, principalmente no começo da jornada. Entendo perfeitamente a importância desta rede e a valorizo sobremaneira como educadora.

Quando tive oportunidade, há quase 40 anos, de fundar minha própria escola, assumi o meu papel como escola-rede. É quando entendo que a sala de aula daquela criança, que vai se transformar, com o passar dos anos em pré e, depois, em adolescente, é realmente uma extensão da sua casa. É onde ele se sente acolhido, assistido, acompanhado. Visto. É onde pode ter suporte para lidar com os desafios de cada fase da vida, de maneira generosa e orientada, pela qualidade dos inúmeros profissionais que ali trabalham.

É também me cercar de uma visão, que exige cuidado, responsabilidade e investimentos em infraestrutura, para receber bem as famílias, da recepção à minha sala, como diretora. É quando não me coloco num patamar superior, mas ao lado, vendo cada família como única, na sua realidade e origem, mas também como parte de um todo, tendo que ser orientada (e bem orientada) à vida em sociedade, para que também perceba o outro.

É complexo? É. É difícil? Talvez. Mas é possível. E só é possível, como digo, se as famílias nos derem um voto de confiança e se propuserem a estabelecer conosco esse elo. A escola existe para educar. E a educação só é possível se compreendida em rede, a partir de elos que constroem vínculos duradouros com as famílias e se refletem nos filhos e filhas delas.

Rosemary Pontes é professora

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