'Consumo verde' estimula rotatividade dos produtos
Além do preço mais baixo em relação a um produto novo, os itens de bazar atraem quem prega e vivencia um modo mais consciente de consumir. A prática estimula a rotatividade das peças, que muitas vezes ganham mais tempo de uso ao passar por mais de um guarda-roupas. Camila, que já teve a sustentabilidade na moda como objeto de estudo para a elaboração de seu Trabalho de Conclusão de Curso, é adepta do desapego e de garimpar bazares e brechós com um olhar mais apurado.
O trabalho da estilista falava do uso de técnicas mais sustentáveis na construção das peças, usando, por exemplo, tecidos mais duráveis e técnicas de modelagem para contribuir com a longevidade da roupa. Na vida, ela incorpora a atenção especial aos produtos que podem ganhar, nas mãos de outro dono, uma nova história. Ela explica que, por meio da Vitrine Coletiva, já fez vários desapegos, inclusive suas últimas vendas antes de se mudar do Brasil. Prestes a ir embora para a Holanda, Camila destaca que a ideia de repassar seus pertences foi fundamental no processo de mudança.
"Eu vendi várias coisas na última vez que fiz bazar, porque eu estou indo embora. Antes do bazar, a Bia (Beatriz Castro Alves, idealizadora da Vitrine Coletiva) divulgou as minhas peças e consegui um dinheiro bem bacana", explica Camila Ferrer. Amigas de infância, ela diz que, quando Beatriz falou sobre a ideia de montar o bazar coletivo, aprovou. "Achei genial!", destaca.
Ela ressalta ainda que pretende procurar bazares na Holanda. "Aqui, eu sempre compro em bazar, em brechó. Tem várias peças que eu adoro e pretendo comprar bastante coisa", diz, acrescentando que, na hora de adquirir uma peça, sempre atenta para a conservação do produto e preço.
"Com certeza o estado da peça conta muito. Tem item que realmente já está muito velho e não vale mais a pena. Também tem que ser observado o preço, que não pode ser muito abusivo", detalha Camila Ferrer.
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