Estratégias atingem público online e offline

Com consumo latente nos dois meios, lojas personalizam o atendimento para fidelizar clientela

Escrito por Redação ,

Cria das redes sociais, a marca de lingerie Linge, idealizada pelas irmãs Nara Feijó e Izanara Feijó, nasceu em janeiro de 2015 com vendas exclusivamente realizadas no meio online. Com a expansão da marca, as empresárias visualizaram a necessidade de ter um espaço físico que materializasse a aura das peças e do estilo das coleções. Com loja física e comercialização online ocorrendo em complementaridade, cada espaço visa atingir um tipo de consumidor da marca. Hoje, cerca de 60% das vendas são pela Internet e chegam, no caso de Fortaleza, por meio de serviço de entrega ofertado pela Linge.

A sócia-proprietária da marca, Nara Feijó, explica como os dois espaços coexistem em sintonia: os consumidores geralmente conhecem a marca pelas redes sociais e, de acordo com ela, quando vão comprar, visitam o ateliê, conhecem as peças de perto, têm a oportunidade de provar e de avaliar o caimento do produto. Nara detalha que, quando o cliente gosta e se fideliza, já "tendo uma ideia das formas das lingeries", fica mais à vontade para comprar pelo WhatsApp, Instagram ou ainda pelo site, o que torna o consumo mais cômodo para ele.

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Com grande procura das peças pelas redes, ela revela que a marca investe em atendimento "o mais personalizado possível" e que, nesses canais, os atendentes procuram entender o perfil de quem está do outro lado da tela. "A gente dá bastante atenção ao atendimento no WhatsApp. De todas as nossas vendas com entrega para Fortaleza, 85% são feitas pela plataforma e só 15% são pelo site", diz Nara.

Direcionamento

Ela conta que, no atendimento via WhatsApp, os funcionários procuram saber se aquele cliente já tem cadastro e se já conhece as peças. Dessa forma, o meio de comunicação é mais voltado para os que já são, de alguma forma, fidelizados. "No atendimento por WhatsApp, a gente sempre pergunta se aquele consumidor já conhece as peças. A gente sabe da comodidade que é comprar dessa forma, mas quando o cliente não conhece ainda, nós aconselhamos que ele venha ao ateliê para provar os modelos que ele tiver interesse", diz.

A diversificação do atendimento de acordo com o meio - se é off ou online - ajuda a evitar possíveis transtornos como comprar um produto em determinado tamanho e, ao vestir, perceber que o caimento seria melhor se a peça fosse de um outro tamanho ou ainda que prefere uma outra cor.

"A gente sempre pergunta para evitar esse transtorno, mas nós fazemos a troca. O motoboy vai até a casa da pessoa com a nova peça e traz a outra de volta", diz. O cliente, nesse caso, arcaria com os custos. Para usufruir do serviço de entrega, é cobrada uma taxa de R$ 15 para a Capital cearense e R$ 20 para municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Nara conta ainda que, quando a marca nasceu, no meio online, as peças também eram vendidas com entrega. "A gente já começou com esse foco em vender fazendo as entregas, já que nascemos basicamente no Instagram. Os clientes entravam em contato com a gente por lá ou pelo WhatsApp e as entregas eram feitas por mim e pela Izanara (irmã de Nara e sócia-proprietária)", relata. Ela relembra que os bairros eram divididos de forma estratégica entre as duas.

Hoje, um funcionário terceirizado faz o transporte das mercadorias diariamente, em dois horários. "Em maio do ano passado, decidimos que era a hora de contratar alguém para as entregas, porque elas aumentaram a ponto de não ser mais viável fazermos nós mesmas. Não dávamos mais conta", diz.

Moda masculina

A sócia-proprietária da OFF Store, Larice Costa, detalha que as vendas por rede social chegam a representar 70% do total que é comercializado. A loja online de roupa masculina vende para Fortaleza e Região Metropolitana, além de outras partes do País. "Temos um público forte dentro da Capital cearense", diz. A taxa de entrega para qualquer bairro da Cidade é fixada em R$ 10, de acordo com Larice.

Por enquanto, ela explica que é o namorado e sócio, Rômulo Henrique Dutra, quem faz as entregas. Caso os fretes continuem crescendo, ela detalha que a expectativa é contratar uma pessoa específica para exercer a função. "Com certeza. Até já temos uma pessoa em mente". (IC)

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