VLT tem prazo de conclusão em abril

As intervenções para a operação do Veículo Leve sobre Trilhos deveriam ter ficado prontas para a Copa

Escrito por Redação ,

Prometido com o objetivo de otimizar o transporte público ainda antes da Copa do Mundo de 2014, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da cidade de Fortaleza tem previsão de conclusão total somente em abril de 2017. Atualmente, segundo o Metrofor, as obras estão com 60% de execução.

O novo meio de transporte ligará os bairros Parangaba e Mucuripe, por meio de um trajeto de 13,4km de extensão. Desse total, 12km serão em superfície, enquanto 1,4km estarão em trechos elevados. De acordo com o Metrofor, a construção do equipamento está dividida em três trechos e é executada pelo Consórcio VLT Fortaleza, formado pelas empresas AZVI S. A do Brasil e Construtora e Incorporadora Squadro LTDA.

Os trabalhos permaneceram paralisados entre junho de 2014 e julho de 2015. O motivo foi o descumprimento de termos do contrato, o que fez com que o Governo do Estado rompesse com o consórcio anterior e abrisse um novo processo licitatório, o que ocorreu em abril do ano passado, para que o novo consórcio desse continuidade a obra.

Percurso

Em julho de 2015, os trabalhos foram retomados no trecho 3, que corresponde ao percurso entre as estações Iate e Borges de Melo, contemplando as estações São João do Tauape, Pontes Vieira, Antônio Sales, Papicu, Mucuripe e Iate. Tal parcela da obra, de acordo com o Governo do Estado, terá custo de R$100.200.384,82, com previsão de entrega para janeiro de 2017, ou seja, 18 meses após o reinício dos trabalhos.

Já o trecho 2, localizado entre as estações Borges de Melo e Parangaba, teve a execução reiniciada em outubro do ano passado, com orçamento estipulado em R$48.458.901,25. O trecho 1, que trata da construção da passagem inferior da Avenida Borges de Mele, foi retomado em abril deste ano, com investimento de R$25.957.150,20, e deve ser finalizado em abril do próximo ano.

Desapropriações

O projeto prevê ainda a desapropriação de 2.185 imóveis ao longo de sua extensão para a continuidade das obras. Até o momento, 1.853 famílias foram removidas em 1.504 imóveis. Das 631 famílias que receberam o aluguel social, 494 permanecem recebendo o benefício, enquanto outras 137 já receberam novos apartamentos no conjunto habitacional Cidade Jardim, no bairro José Walter.

O Metrofor acrescenta que o processo de desapropriação não ocorre na esfera judicial e do total informado, 44 casos foram judicializados por envolver, em sua maioria, questões de espólio. Afirma ainda que o Governo do Estado continua garantindo moradia a todos os reassentados pelo projeto, propondo não só a oferta de imóvel, como também o pagamento de aluguel social para os que optaram por moradia que estão sendo construídas para abrigá-los.

O Executivo Estadual adquiriu ainda cinco terrenos em áreas próximas aos locais passíveis de remoção para fins de reassentamento de pessoas afetadas com a obra. Além disso, as famílias da comunidade Aldaci Barbosa, no Bairro de Fátima, serão realocadas no terreno do antigo CSU, que pertence à Prefeitura Municipal de Fortaleza. As primeiras unidades para a realocação das famílias também ficam no Cidade Jardim.

Quando pronto, o Veículo Leve dos Trilhos deverá transportar uma média de 90 mil passageiros todos os dias. O ramal cruzará 22 bairros de Fortaleza, remodelando o trajeto ferroviário que hoje é utilizado somente para transporte de cargas para que passe a exercer o transporte de passageiros.

Ao chegar na estação Parangaba, o novo modal possibilitará a integração total com a Linha Sul do Metrô de Fortaleza, assim como ao terminal rodoviário presente no bairro. Além disso, a estação Papicu também será diferenciada, integrando-se à Linha Leste do Metrô e ao terminal rodoviário.

dsa

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