Ceará registra queda de 59,4% no percentual de pessoas com sintomas gripais entre maio e julho

Nesse período, ocorrências percentuais de 12 sintomas, como febre, tosse e dor muscular reduziram de 16,5% para 6,7% da população total do Estado, de acordo com pesquisa do IBGE, Pnad Covid

Escrito por Redação ,
sintomas gripais
Legenda: Dentre os 12 sintomas considerados na pesquisa estão: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor e dor muscular.

O Ceará apresentou uma diminuição de 59,4%, entre os meses de maio e julho, no percentual de pessoas com algum dos sintomas de síndromes gripais, como febre, tosse e dor muscular. Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Covid (Pnad- Covid), divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 6,7% da população do Ceará apresentou algum sintoma gripal no último mês. 

Considerando o registro de 9.132.078 milhões de cearenses, segundo censo estimado do IBGE de 2019, o mês de maio apresentou cerca de 1,5 milhão de pessoas com sintomas gripais, cerca de 16,%, reduzindo para 611 mil no período analisado de julho, do dia 1º ao dia 25. Em junho, foi registrada a porcentagem de 8% da população, equivalente a 730 mil cearenses.

 

Dentre os 12 sintomas considerados na pesquisa estão: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor e dor muscular.

Quando analisados igual período de maio para julho, em relação aos casos em que aparecem mais de um sintoma, a redução foi de 74,47% . Foram 4,7 % da população em maio; e 1,2% em julho, representando respectivamente 429,2 mil e 109,6 mil. 

Apesar de no primeiro semestre ser comum o registro de casos por doenças respiratórias no Estado, a professora de doenças infecciosas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mônica Cardoso Façanha, aponta que essa redução provavelmente também se relaciona com as ocorrências de Covid-19. Para os próximos meses, a perspectiva é que os números continuem em queda.

“Esses dados confirmam a tendência de queda da transmissão e do adoecimento das pessoas. É possível que, em maio, tivessem outros vírus circulando, mas com certeza o coronavírus era predominante. Essa queda é um bom sinal, de que as pessoas estão adoecendo menos”, afirma. 

Afastamento do trabalho

A pesquisa também aponta uma diminuição percentual, em julho, no número de pessoas trabalhando de casa para manter o isolamento social. Em maio, eram cerca de 2,3 milhões de cearenses, representando 25,4% do total, diminuindo para para 977,132 mil pessoas, registrando queda de 10,7%. 

Com o retorno gradual das atividades, a professora recomenda a necessidade de manter o uso de máscaras e o distanciamento social.

“O fato de ser amigo e de conhecer não significa que ela não possa transmitir o vírus. No ambiente de trabalho, mesmo em contato com colegas conhecidas há muito tempo, é importante não relaxar”, alerta.

Em momentos de descanso ou durante as pausas para alimentação, também devem ser evitadas aglomerações. Para Mônica, a responsabilidade parte de cada um. “Precisa pensar que não é só ele ou só ela que pode se infectar, mas também as pessoas que estão no entorno”, finaliza. 

Pesquisa

A coleta da Penad Covid19 teve início em 4 de maio de 2020, com entrevistas realizadas por telefone em, aproximadamente, 48 mil domicílios por semana, totalizando cerca de 193 mil domicílios por mês, em todo o Território Nacional. A amostra é fixa, ou seja, os domicílios entrevistados no primeiro mês (maio) de coleta de dados permanecerão na amostra nos meses subsequentes (junho e julho), até o fim da pesquisa. 

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