Os desafios do Ceará na Série A do Brasileirão 2025
Vovô estreia no Brasileirão fora de casa contra o Bragantino, na segunda-feira (31)
O Ceará chega para a Série A confiante após conquistar o bicampeonato cearense de forma invicta e um começo de ano consistente sob o comando do técnico Léo Condé. O treinador achou rapidamente uma equipe base mesmo com 17 caras 'novas', mostrando um futebol consistente e competivo.
1. Momento positivo
Em 17 jogos na temporada, foram 13 vitórias, três empates e uma derrotas, fora de casa para Náutico e Bahia. O aproveitamento do Vozão é de 82,3%, só inferior a do Internacional.
Ainda que o objetivo inicial seja permanencer na elite, natural para uma equipe que vem da Série B e sem grandes investimentos (gasto de apenas R$ 3 milhões), o Vovô tem um elenco comprometido e com jogadores de nível semelhante.
Ainda que alguns nomes sejam referências técnicas como Marllon, Fabiano, Lucas Mugni, Fernando Sobral, Pedro Henrique e Pedro Raul, nas demais posições, Léo Condé alterna jogadores e mantém o nível tático e de concentração.
Claro que o nível de adversários aumentará consideravelmente na Série A e o grupo precisará se provar em um campeonato de manutenção na elite. Mas mantendo essa aplicação tática e plano de jogo bem definido, o Vovô pode sonhar com uma vaga na Sul-Americana.
2. Força em casa
Historicamente, o Ceará é um forte mandante na Série A, com o apoio da torcida alvinegra.
E na temporada, o Vovô tem longa invencibilidade jogando em casa. Em 10 jogos, são 7 vitórias (entre elas duas diante do Fortaleza), e 3 empates.
Se extender o número para 2024, a invencibilidade aumenta para 18 jogos, com as 8 rodadas em casa da Série B.
3. Calendário favorável
O Ceará é um dos 6 clubes da Série A que não terá competições sul-americanas no calendário. Outros 14, terão Libertadores ou Sul-Americana, e isso pode ser um diferencial para o Vovô.
Além do Vovô, os times com calendário mais enxuto são: Juventude, Bragantino, Sport, Santos e Mirassol.
Como o Alvinegro percorre grandes distâncias a cada jogo da Série A, não ter partidas no meio de semana por competições paralelas - apenas a Copa do Brasil - pode ajudar no desempenho da equipe, que precisa de muita aplicação tática e entrega para compensar a maior qualidade dos adversários.