Investigação sobre morte de Maradona encontra contradições nas declarações da equipe médica
O advogado do ex-atleta havia declarado que a equipe médica deixou o argentino sem acompanhamento por 12 horas
A morte de Diego Maradona segue sendo investigada para entender a ordem dos fatos durante a quarta-feira (25), quando o falecimento do ex-atleta foi confirmado, por volta das 13h, em Tigre, na grande Buenos Aires. Autoridades judiciais recolheram testemunhas de pessoas que estiveram com o astro em suas últimas horas e acharam contradições, de acordo com o jornal Clarín.
O enfermeiro Ricardo afirmou que checou os sinais vitais de Maradona ao fim do seu turno, às 6h30, após uma noite tranquila. Porém, a enfermeira que assumiu o turno seguinte prestou depoimento dizendo que a última pessoa que viu o argentino vivo foi o sobrinho do ex-jogador, às 23h do dia anterior.
Maradona morreu, segundo a autópsia, por "insuficiência cardíaca aguda, congestiva e crônica", por volta do meia dia. Seu advogado, Matías Morla, havia postado nas redes sociais que não há explicação para a negligência médica no dia da morte.
"É inexplicável que durante 12 horas meu amigo não tenha tido a atenção por parte do pessoal de saúde dedicado a esses fins. A ambulância demorou mais de meia hora para chegar, o que foi uma idiotice criminosa. Não se deve passar por cima desse fato, e vou pedir que se investigue até as últimas consequências", postou Morla.
Imagens câmeras de segurança foram confiscadas em busca de esclarecer dúvidas sobre a sequência dos fatos.