Após surgimento das manchas de óleo, 59 tartarugas foram retiradas da orla cearense

Na tarde desta quinta-feira (31), órgãos públicos, ONGs e voluntários se reuniram para estudar os efeitos da substância e as formas minimizar os prejuízos

Escrito por Redação ,
Legenda: Tartaruga encontrada morta durante ação de limpeza da praia da Sabiaguaba, em Fortaleza
Foto: Foto: José Leomar

Em reunião, ocorrida na tarde desta quinta-feira (31), entre entidades e ONGs para discutir sobre o vazamento de petróleo cru que atinge, entre outras localidades do Nordeste, 27 praias cearenses, o Secretário do Meio Ambiente do Ceará (Sema), Artur Bruno, informou que já foram retiradas das praias 59 tartarugas e cerca de quatro toneladas da substância. Além disso, também foram discutidas as consequências e formas de prevenção de prejuízos ambientais, principalmente, aos rios Curu e Jaguaribe.

A reunião foi convocada pela Secretaria da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), pelas universidades e instituições de pesquisa, para abordar, além dos temas citados, a origem desse óleo e quais os malefícios à saúde humana e ambiental. 

Segundo o Governo do Estado, das 59 tartarugas coletadas desde o final de agosto, 44 estavam sem óleo visível; destas, sete com vida e 37 mortas. Das 15 oleadas, 14 estavam mortas e uma foi resgatada viva.

Pesquisa

Rivelino Cavalcante, professor do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (Labomar) apresentou, na reunião, a solicitação de uma pesquisa para um laboratório parceiro nos Estados Unidos. “Enviamos amostras do óleo coletado de leste a oeste do Estado, para nos dar um retorno sobre o nível de degradação que o ambiente está conseguindo fazer com esse material, ou seja, se o ambiente está conseguindo se reconstituir”, explica.

 A importância da pesquisa é saber também como está acontecendo a ecotoxicologia ou a toxicidade para guiar o monitoramento das áreas atingidas. O retorno do estudo, segundo o professor, será em breve.Sobre os impactos, o professor afirma que ainda não se tem respostas conclusivas. “Sabemos que há os animais oleados, como tartarugas e golfinhos, mas todas as estatísticas precisam ser avaliadas”, diz. Para ele, o monitoramento das localidades afetadas pelo óleo deve ser de 10 a 15 anos. 

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