Estado tem 2º maior valor do FNE Infraestrutura

Escrito por Redação ,
Legenda: Nova linha de financiamento do Banco do Nordeste foi apresentada durante o I Fórum BNB de Infraestrutura, realizado ontem, na sede do Banco, em Fortaleza

Sob o olhar atento de investidores de diversos setores produtivos e secretários estaduais de todo o Nordeste, o FNE Infraestrutura foi apresentado ontem pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) como linha de crédito para empresas interessadas em grandes projetos estruturantes, como concessões e parcerias público-privadas (PPPs). Com R$ 2,15 milhões - dos R$ 11,4 bilhões totais previstos para 2017 -, o Ceará contou com o segundo maior orçamento dentre os dez estados onde o BNB atua, o qual ainda pode ser ainda maior.

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Até agora, dados atualizados do Banco dão conta de que R$ 2,6 milhões em projetos no Ceará estão em análise e, se aprovados, deverão receber parte deste orçamento previsto.

Acréscimos na quantia poderão acontecer, segundo afirmou presidente do BNB, Marcos Holanda, se a demanda for maior que a prevista inicialmente. Assim, o Banco poderá destinar mais recursos dos R$ 26 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) - fonte originária da nova linha de crédito para infraestrutura anunciada ontem no I Fórum BNB de Infraestrutura.

"Dependendo da robustês do projeto e da capacidade de impacto, a gente pode alocar mais recursos", afirmou, observando que visa tornar o BNB líder no financiamento de projetos de água e saneamento do Nordeste com essa estratégia. Para tal, Holanda considera parcerias com outras instituições de fomento, como já acontece com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

"Isso pode envolver tanto projetos grandes, como projetos menores, locais. O importante no Banco é olhar o impacto. Quanto maior o impacto, maior interesse de financiar os projetos", afirmou o presidente do Banco.

Celeridade

Presente ao Fórum, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart, destacou o momento promissor vivido pelo Ceará com a concessão do Aeroporto de Fortaleza e parceria com o Porto do Roterdã, mas ponderou: "A questão que eu vejo é a velocidade dos fatos. O anúncio e o início. Operações, recebimentos de propostas. O que esperamos enquanto federação é que o banco dê velocidade. Crie um time para estudar os projetos a tempo e a hora. Não queremos negligência, queremos time que possa dar vazão aos projetos".

Em contraponto, o superintendente de Negócios de Atacado e Governo do BNB, Helton Chagas, afirmou que uma escala de prioridades é elegida para dar mais dinamismo na escolha e aprovação dos projetos e garantiu: "Às vezes, a gente tem até surpreendidos os empresários na aprovação da propostas e aí eles vão trabalhar na questão da documentação, questões pré-contratuais ou pré-desembolso que têm de cumprir". No entanto, ponderou ao afirmar "que o FNE Infraestrutura não é um produto de prateleira" e que deve identificar os impactos positivos de cada projeto analisado para poder ter um retorno adequado na resposta de financiamento.

"São características totalmente diferenciadas, apesar de ser o mesmo setor", observou o superintendente. (AOL)

Cotas estaduais

1.Bahia

R$ 2.665.000.000

2.Ceará

R$ 2.045.000.000

3.Maranhão

R$ 1.590.000.000

4.Pernambuco

R$ 1.380.000.000

5.Minas Gerais/Espírito Santo

R$ 1.280.000.000

6.Piauí

R$ 1.270.000.000

7.Alagoas

R$ 180.000.000

8.Paraíba

R$ 530.000.000

9.Rio Grande do Norte

R$ 380.000.000

10.Sergipe

R$ 80.000.000

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