A Amazon pretende demitir cerca de 10 mil funcionários em cargos de tecnologia e corporativos nos próximos dias. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) pelo jornal estadunidense The New York Times.
Os cortes devem atingir os setores de recursos humanos, de varejo e de dispositivos, como a assistente de voz Alexa. Essa é a terceira empresa de tecnologia a anunciar grandes cortes em novembro.
O Twitter, sob comando de Elon Musk, anunciou a demissão de 7.500 funcionários. Já Meta Platforms, conglomerado de tecnologia dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, cortou 11 mil vagas.
Os 10 mil funcionários representam cerca de 3% do quadro corporativo da Amazon. O contingente equivale a menos de 1% do quadro global da gigante de tecnologia, que é de 1,5 milhão de colaboradores, em sua maioria contratados por hora.
As demissões devem ocorrer separadamente em cada setor da empresa, segundo uma fonte não identificada. A empresa não quis emitir declaração ao The New York Times sobre o assunto.
Queda no crescimento
A Amazon teve sua fase mais produtiva durante a pandemia e dobrou o número de funcionários em dois anos. No início deste ano, porém, o crescimento da empresa foi o menor em duas décadas.
Com a queda nas vendas, a companhia precisou buscar maneiras de cobrir os altos custos da expansão realizada durante a pandemia. Uma das medidas tomadas foi o congelamento de contratações corporativas em toda a empresa pelos próximos meses.
Alguns serviços da empresa também foram reduzidos, como o Amazon Care, serviço de assistência médica; o Scout, robô de entrega a domicílio; e o Fabric, empresa subsidiária que vendia suprimentos de costura.
O último trimestre da empresa teve uma leve recuperação, mas os investidores temem que a empresa atinja os níveis de 2001. Na época, 1.500 pessoas foram demitidas, o que representava 15% dos funcionários.