Informações divulgadas pela imprensa norte-americana, no domingo (6), indicam que a Meta, empresa matriz do Facebook, planeja demitir milhares de funcionários como resposta à crise econômica.
A resolução surgiu após a Meta perder 4,4 bilhões de dólares no terceiro semestre. Tentando diminuir o impacto da queda, Mark Zuckerberg passou uma mensagem tranquilizadora no final de outubro "Estamos enfrentando um ambiente macroeconômico instável, [...] mas devo dizer que nossos produtos estão se saindo melhor do que alguns comentários sugerem"
O comentário não surtiu efeito no mercado, e, no dia seguinte, as ações do grupo caíram 24,56% em Wall Street. Em um ano, a perca total foi de aproximadamente 600 bilhões de dólares em capitalização de mercado.
A empresa tem preocupado investidores desde o início do ano, quando, pela primeira vez, anunciou perca de usuários em sua principal rede social, o Facebook.
Outro receio do mercado é a vontade de Zuckerberg de dedicar grandes fundos ao desenvolvimento do metaverso, um universo digital anunciado como o futuro da internet.
Ao consultar fontes especializadas, o Wall Street Journal informou que a demissão em massa deve ser anunciada na quarta-feira (9). Caso o procedimento realmente ocorra, cerca de 87 mil funcionários podem ser afetados.
CRISE AFETA TODO O VALE DO SILÍCIO
Na última quinta (3), outras duas empresas do Vale do Silício, Stripe e Lyft, realizaram cortes em massa. Outra gigante da tecnologia, a Amazon, também foi afetada pela crise, e informou que congelaria novas contratações para seus escritórios corporativos.
Recentemente adquirido por Elon Musk, o Twitter foi mais uma empresa que realizou demissões, desligando quase metade de seus funcionários nesta semana.
Além da instabilidade no cenário econômico, essas plataformas também sofrem com cortes orçamentários dos anunciantes, afetados pela inflação e pelo aumento das taxas de juros.