Policial civil se exalta e ameaça jornalista Natuza Nery em supermercado; Policia Civil de SP apura caso

Segundo a colunista Mônica Bergamo, o agente fazia compras no mesmo supermercado que a jornalista e disse que pessoas como ela “merecem ser aniquiladas”

Escrito por
Jornalista Natuza Nery em
Legenda: O caso começou a ser registrado no 14º Distrito Policial, mas a Corregedoria assumiu as investigações quando o acusado foi identificado como policial civil
Foto: Reprodução/Instagram

A denúncia de que a jornalista Natuza Nery, da Globo News, foi ameaçada por um policial civil enquanto fazia compras em um supermercado na noite da segunda-feira (30) está sendo apurada pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, que instaurou um inquérito. Uma investigação administrativa também foi aberta e pode resultar no afastamento do agente.

As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo o boletim de ocorrência obtido pela colunista, o policial foi identificado como Arcenio Scribone Junior. Na noite da ocorrência, ele estava fazendo compras no mesmo supermercado em que a jornalista, na região de Pinheiros, em São Paulo.

De acordo com o documento, o agente aproximou-se da jornalista e perguntou se ela era a Natuza Nery da Globo News. Em seguida, afirmou que pessoas como Natuza “merecem ser aniquiladas” e que ela e a empresa são responsáveis pela atual situação do País. Além disso, quando já estava no caixa, o homem passou a xingar a jornalista.

Veja também

A situação teria atraído a atenção de diversas pessoas que estavam no local e a Polícia Militar foi acionada. Inicialmente, segundo a coluna, o caso começou a ser registrado no 14º Distrito Policial, com a presença de todos os envolvidos. Após a identificação do acusado como policial civil, a Corregedoria assumiu as investigações.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Arcenio Scribone Junior afirmou à Polícia Militar, inicialmente, que fez uma crítica ao trabalho da jornalista e negou a ameaça. Na delegacia, ele teria preferido manter-se em silêncio e reafirmou que não cometeu nenhuma infração. O policial foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de dosagem alcoólica/clínico de embriaguez, toxicológico e cautelar.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que já foram realizadas diligências no supermercado para obter imagens e ouvir eventuais testemunhas.

Assuntos Relacionados