Polícia do RS conclui que Deise Moura dos Anjos, nora que envenenou bolo em Torres, matou familiares do marido
A mulher foi presa em 5 de janeiro e encontrada morta na cela no dia 13 de fevereiro
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu, nesta sexta-feira (21), as investigações do caso do bolo envenenado com arsênio em Torres, no litoral do Estado, que causou a morte de três pessoas da mesma família em dezembro de 2024. O documento apontou que Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, é a responsável pelo envenenamento. As informações são da Folha de S. Paulo.
A mulher foi presa em 5 de janeiro e encontrada morta na cela no dia 13 de fevereiro. Além dos três familiares, ela também causou a morte do sogro, Paulo dos Anjos, segundo a polícia.
A vítima morreu em setembro, com laudo indicando uma infecção alimentar. Com a repercussão do caso de envenenamento do bolo da família, a polícia decidiu exumar o corpo, no qual também foi encontrado arsênio.
"Ela é a única autora até o momento deste fato criminoso. Em razão de seu falecimento, de ela ter tirado a própria vida no presídio de Guaíba, levou à extinção da punibilidade", afirmou o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil.
A defesa de Deise alegou que ela sofria de depressão e precisava de tratamento psicológico.
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Relembre o caso
O caso ocorreu no dia 23 de dezembro de 2024, quando a família, que morava em Torres (RS), se reuniu para comer um bolo que já fazia parte da tradição natalina da casa.
Segundo o delegado Marcos Vinícius Veloso, ao provarem o bolo, os familiares perceberam que o gosto do alimento estava estranho, com "sabor apimentado e desagradável". Ao perceber que algo estava errado, Zeli dos Anjos, que cozinhou o bolo, ordenou que os parentes parassem de comer.
Irmã de Zeli, Neuza Denize da Silva dos Anjos, 65, morreu no mesmo dia, por choque após intoxicação alimentar. No dia seguinte, a terceira irmã, Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, e a filha dela, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, também faleceram.
Outras duas pessoas – Zeli e uma criança de dez anos – também chegaram a ser internadas, mas não correram risco de morte. O marido de Maida também chegou a ser hospitalizado, mas teve alta pouco tempo após o incidente.
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