Sogra que sobreviveu a bolo envenenado fala sobre nora morta na prisão: 'Não tenho pena, nem raiva'

Deise Moura dos Anjos estava presa por suspeita de ter envenenado seis pessoas da mesma família

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:04)
montagem de fotos com deise moura dos anjos, nora de Zeli Terezinha Silva dos Anjos
Legenda: Nora Deise Moura dos Anjos e sogra Zeli Terezinha Silva dos Anjos
Foto: Reprodução/Redes sociais/TV Globo

A mulher que sobreviveu ao bolo envenenado com arsênio comentou, pela primeira vez, sobre Deise Moura dos Anjos, acusada de ter praticado crime. Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, Zeli dos Anjos afirmou que já suspeitava das más intenções da nora.

"Eu sabia que ela era má, que ela fazia maldades, mas nunca que fosse chegar a um nível desses", disse a sogra. "Eu não tenho nem pena, nem raiva, nem ódio, nem sei que tipo de sentimento. Mas, quando eu penso que ela tirou as quatro pessoas mais importantes da minha vida...", finalizou, emocionada.

A história desse crime teve início em 23 de dezembro, quando a família de Zeli se reuniu para um café da tarde em Torres, no Rio Grande do Sul. A família comeu um bolo de reis preparado por ela, contudo, pouco tempo depois, os parentes começaram a reclamar de dores e foram levados ao hospital.

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Zeli foi uma das que passou mal. Ela teve sintomas mais graves, mas foi liberada após 19 dias de internação. Outras pessoas da família não tiveram a mesma sorte. Ao todo, morreram as duas irmãs de Zeli, Maida e Neuza, e a sobrinha Tatiana, filha de Neuza.

Além de Zeli, Jefferson, marido de Maida, e o filho de Tatiana, de 11 anos, sobreviveram. João, marido de Neuza, não comeu o bolo. Os laudos da perícia confirmaram que as vítimas continham arsênio no sangue, uma substância extremamente tóxica usada em venenos.

Segundo investigações da Polícia, a nora Deise era a principal suspeita, principalmente por ter uma má relação com a sogra. "Todos os depoimentos foram no sentido de um certo ódio que a investigada tinha pela sua própria sogra. Ela mesma, espontaneamente, disse que o apelido da sogra era 'naja', seguido de uma leve risada depois", contou o delegado Marcos Vinícius Muniz Veloso ao "Fantástico".

Deise foi encontrada morta

Com o avanço das investigações, Deise Moura dos Anjos foi presa suspeita do crime de envenenamento. Mas em uma reviravolta surpreendente, oito dias depois da prisão, ela foi encontrada morta na própria cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Segundo nota da Polícia Penal, a mulher teria sido encontrada "sem sinais vitais" durante a conferência matinal na penitenciária. Além disso, servidores prestaram primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência, mas não obtiveram sucesso.

Laudo fornecido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aponta que a morte ocorreu "por asfixia mecânica autoinfligida", ou seja, enforcamento. Segundo o "Fantástico", as investigações sobre o caso devem ser concluídas nessa semana.

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