O ex-ministro da Saúde Nelson Teich presta depoimento, nesta quarta-feira (5), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as ações e possíveis omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19. A oitiva do médico começa às 10h.
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Última Atualização:
05/05/2021 20:28
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maio 5, 2021 19:44 UTC
Agenda da próxima semana
O depoimento de Teich foi encerrado.
A agenda de depoimentos para a semana que vem é:
Terça-feira (11): Fabio Wajngarten, ex-secretário da Presidência, e Marta Díez, da Pfizer Brasil
Quarta-feira (12): Dimas Covas, diretor do Butantan, e Nisia Trindade Lima, presidente da Fiocruz
Quinta-feira (13): Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, e Fernando de Castro Marques, da União Química (Sputnik V)
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maio 5, 2021 19:40 UTC
Eduardo Girão
O cearense Eduardo Girão (Podemos) ressaltou que fez requerimento "assinado por 45 colegas para investigar bilhões de reais de verbas federais enviados pra estados e municípios". Disse que tem "conversando com as pessoas nas feiras" e fez o "apelo até pra que a imagem do Senado Federal seja resguardada".
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maio 5, 2021 19:27 UTC
Amazonas
Senadores divergem sobre requerimento para convocação de representantes do Governo do Amazonas.
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maio 5, 2021 19:20 UTC
Próximos depoimentos
Nesta quinta-feira, participam da CPI o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
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maio 5, 2021 19:15 UTC
Sem autonomia e liderança
"Eu não tinha autonomia e liderança. Em situações como a Covid, uma situação de Brasil, precisa de liderança e coordenação. Você tem que receber essa autonomia pra ter essa liderança", afirmou o ex-ministro.
Teich ainda frisou que, na época, como não havia vacina, a sugestão dele era investir no controle da transmissão do vírus.
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maio 5, 2021 18:52 UTC
"Mais respeito"
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pediu "mais respeito" à Ciência e aos cientistas após a defesa da cloroquina por outros senadores.
Mais cedo, o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) citou casos de médicos que teriam sido "bem sucedidos" na aplicação do medicamento em pacientes com Covid-19.
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maio 5, 2021 18:48 UTC
"Não é o momento pra cutucar ninguém"
Comentando sobre a postura do presidente da República, o presidente da comissão, Omar Aziz, lamentou a postura de Bolsonaro diante de países como Índia e China:
"Ele chama de 'guerra química'. Mas nós estamos na mão dos chineses pra trazer o IFA. Não temos prodição de IFA. A gente depende da Índia pra alguns insumos, da China pra alguns insumos. Não é o momento pra gente cutucar ninguém. Nem aqui entre nós", pediu.
Nesta quarta, Bolsonaro voltou a levantar a hipótese de que o vírus tenha sido criado em laboratório.
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maio 5, 2021 18:24 UTC
Heinze x Alencar
Em resposta a Heinze, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que de 90% a 95% dos casos de Covid-19 não evoluem para formas graves. "Se tiver forma grave, você pode tomar uma carreta de hidroxicloroquina e não vai ficar bom", afirmou. Alencar é médico.
Heinze respondeu que defende o medicamento baseado em "evidências" de médicos e cientistas.
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maio 5, 2021 18:19 UTC
Medicação
Após vários momentos de defesa da cloroquina pelo senador Heinze, o presidente da CPI, Omar Aziz, questionou se ele estaria receitando a medicação. Heinze é agrônomo.
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maio 5, 2021 18:12 UTC
Cloroquina
Respondendo ao senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), Teich frisou que se baseia em instituições que são referência mundial para, neste momento, não recomendar o uso da cloroquina para tratar o novo coronavírus. E destacou que uso de medicamentos de forma "off-label" (aquele cuja indicação do profissional assistente diverge do que consta na bula, segundo a ANS) "só se aplica em remédios sabidamente que funcionem".
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maio 5, 2021 17:49 UTC
Sessão suspensa
O vice-presidente Randolfe Rodrigues suspendeu a sessão da CPI por "5 minutos", para que o depoente pudesse "realizar um lanche". Teich está sendo ouvido no Plenário desde as 10h.
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maio 5, 2021 17:48 UTC
Segunda onda da pandemia
O ex-ministro confirmou que alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de o Brasil passar por uma segunda onda de infecções. No depoimento, Teich chamou a atenção para o surgimento de variantes do coronavírus e que, segundo ele, podem motivar outras ondas.
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maio 5, 2021 17:34 UTC
Imunidade de rebanho
Teich afirmou que não acredita no controle da pandemia através do alcance da imunidade de rebanho.
A teoria prevê que a propagação do vírus para quando se atinge uma porcentagem de infectados da população, em torno de 70%.
"Imunidade de rebanho é um erro. Imunidade [contra o coronavírus] você vai ter através da vacina e não de pessoas infectadas. Imunidade através de infecções é um erro", disse.
Os senadores investigam a hipótese de que o governo Bolsonaro apostou na teoria da imunidade de rebanho e, por isso, pode ter negligenciado o combate à pandemia.
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maio 5, 2021 17:27 UTC
Compra de vacinas
O oncologista disse acreditar que, se o Brasil tivesse firmado mais contratos com vacinas contra a Covid-19 ainda em desenvolvimento, teria conseguido adquirir um maior número de imunizantes. Essa modalidade de transação é considerada de risco, pois o sucesso da pesquisa do imunobiológico é incerta, mas poderia ter feito a diferença, segundo o ex-ministro.
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maio 5, 2021 17:23 UTC
Expectativa para o cargo
Ao ser questionado sobre quais eram suas intenções ao assumir o cargo de ministro da Saúde, Teich afirmou que a "expectativa era ajudar o Brasil".
"Achava que eu tinha experiência e a formação. Eu tinha a esperança de trazer uma forma eficiente de abordar [a saúde pública], não só a Covid, mas em um período pós-Covid", explicou.
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maio 5, 2021 16:34 UTC
Presidente critica falta de objetividade de Teich
O presidente da CPI Omar Aziz criticou a postura do oncologista ao responder os questionamentos.
"O ex-ministro Teich está levando a comissão... Nada é objetivo. 'Eu não me lembro'. Então trazer uma pessoa para depor que não lembra... Que diz o seguinte: 'houve intervenção', mas não diz quem interviu", declarou o parlamentar alterado.
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maio 5, 2021 16:29 UTC
Prescrição de medicamentos sem comprovação científica
Questionado qual sua opinião sobre os profissionais da saúde que receitam medicamentos sem comprovação científica para tratar o novo coronavírus, Teich afirma que classifica a prescrição como inadequada.
"Na minha opinião, seria mais uma coisa relacionada à competência do que algo criminal, eu não iria por esse caminho", explicou.
Em relação à ética profissional, o médico afirmou que acredita que "eles acham que estejam fazendo a coisa certa". Em seguida, o ex-ministro afirmou que se baseia em informações publicadas em órgão internacionais de prestígio.
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maio 5, 2021 15:56 UTC
Senador cearense Eduardo Girão terá 15 minutos para perguntas
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maio 5, 2021 15:45 UTC
Cloroquina em debate
Senadores questionam o ex-ministro sobre o uso da cloroquina em pacientes com Covid.
Teich diz que o uso do medicamento é equivocada e não deve ser usada em pacientes.
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maio 5, 2021 15:31 UTC
Distanciamento como uma das medidas contra Covid-19
Em relação ao distanciamento, Teich sinaliza que a proposta era um programa em que a medida fosse "uma das ferramentas para redução da transmissão", junto com testagem, distanciamento a ser ajustado, rastreamento e quarentena de contato. "A minha estratégia era voltada nesse bloco, voltada para bloqueio de transmissão combinando tudo".
Ele é o segundo ex-titular do Ministério da Saúde da gestão do presidente Jair Bolsonaro a participar da comissão. Nelson Luiz Sperle Teich esteve à frente da pasta entre 17 de abril e 15 de maio de 2020, menos de um mês. Ele assumiu o cargo logo após a saída de Luiz Henrique Mandetta e, quatro semanas depois, foi substituído por Eduardo Pazuello.
Inicialmente, o médico estava previsto para ser ouvido no Plenário do Senado Federal na terça-feira (4), mas a data teve que ser adiada pelos parlamentares devido ao grande número de perguntas dirigidas ao também ex-ministro da Saúde Mandetta, primeiro a ser ouvido pela CPI.
Em um depoimento que durou mais de sete horas, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta defendeu que baseou as decisões na Ciência enquanto esteve frente à pasta. Ele também falou sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19 e discordâncias com Jair Bolsonaro.
Além de Mandetta e Teich, a CPI decidiu por convocar o ex-ministro Eduardo Pazuello, o atual gestor da pasta, Marcelo Queiroga, além do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.
As convocações dos nomes atendem a uma série de requerimentos aprovados na semana passada na CPI. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são autores dos pedidos. Segundo eles, os depoimentos devem ajudar a esclarecer se o Brasil poderia ter tomado um rumo diferente no enfrentamento a pandemia e mitigado o número de óbitos.
Os cinco são peças-chaves do Governo Bolsonaro na condução da pandemia e podem responder questionamentos de base da comissão, como os motivos do atraso na vacinação, o apoio a medicamentos como a hidroxicloroquina e o apagão de oxigênio no Amazonas.
Adiamento de oitiva de Eduardo Pazuello
O depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que estava marcado para acontecer nesta quarta-feira, foi adiado após o militar informar à CPI teve contato com pessoas suspeitas de estarem infectadas pelo novo coronavírus durante o fim de semana.
"Fui comunicado que o ex-ministro Pazuello teve contato com dois coronéis auxiliares dele, neste final de semana, que estão com Covid. Então ele vai entrar em quarentena", disse o presidente Omar Aziz (PSD-AM).
Diante da informação, a comissão resolveu remarcar a oitiva para o próximo dia 19 de maio, exatos 15 dias, tempo recomendado de isolamento de pessoas com a doença.
Cronograma
O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), definiu o seguinte calendário de convocação para os depoimentos:
ex-ministro da Saúde Teich prestar depoimento nesta quarta-feira (5);
atual gestor do MS Marcelo Queiroga e o diretor-presidente da Anvisa Barra Torres serão ouvidos na quinta-feira (6);
ex-titular da Saúde Eduardo Pazuello será ouvido no dia 19 de maio.