Médico é acusado de agredir, ameaçar e perseguir ex-namoradas e funcionários em São Paulo

O profissional é investigado em pelo menos dez agressões pela polícia e pelo Ministério Público de São Paulo

Escrito por Redação ,
Médico Bruno D'Ângelo Cozzolino
Legenda: O médico Bruno D'Ângelo Cozzolino chegou a ser preso algumas vezes por ameaça e quebra de medida protetiva
Foto: Reprodução

Bruno D'Ângelo Cozzolino, um médico de São Paulo, é acusado de perseguição, agressão e ameaça por ex-namoradas e funcionários do condomínio que ele reside, além de colaboradores em seu local de trabalho. Os casos foram expostos em reportagem no Fantástico na noite deste domingo (27). 

Ele já chegou a ser preso algumas vezes. A primeira foi em 2012, quando ameaçou uma namorada e ficou um dia detido. Bruno ainda pegou 10 dias de detenção após descumprir uma medida preventiva contra outra mulher. 

O programa dominical levantou uma série de boletins de ocorrência e processos judiciais contra ele. Os crimes mais recentes foram capturados em câmeras de segurança: uma agressão a um zelador no dia 7 de agosto, quando Bruno também quebrou o portão da garagem do prédio em um ataque de fúria ao ser confrontado pelo síndico

No dia 10 de agosto, ele iniciou uma nova tentativa de agressão, dessa vez contra um segurança. O condomínio denunciou o caso em uma delegacia. 

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O médico é investigado em pelo menos dez agressões pela Polícia e pelo Ministério Público de São Paulo. A reportagem da Fantástico não obteve sucesso nos contatos com o Bruno. Somente a advogada respondeu, afirmando que ele não iria se pronunciar. 

A Polícia Civil de São Paulo já reuniu as provas contra ele e cumpriu intimação judicial para que ele preste depoimento. 

Agressão contra mulheres

Após brigar com o síndico de seu condomínio no dia 7 de agosto, Bruno deixou o local de carro e foi atrás de uma ex-namorada, a qual já agrediu. Ele bateu de novo na mulher. Após as novas agressões, ele mandou áudio pedindo desculpa e colocando a culpa na droga, mas depois a ameaçou novamente: "homens com boa experiência também podem matar mulheres". 

Um dos casos mais graves ocorreu também com uma ex-companheira, em 2021. Ela ficou com o médico por dois anos e contou à Polícia que conseguiu escapar dele após uma série de agressões, incluindo socos, chutes e enforcamentos. 

À época, a defesa alegou transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo grave. Ele chegou a ser preso, mas teve a detenção revogada após se comprometer a passar por uma perícia psiquiátrica. 

Racismo e ameaças 

Em 2019, ele ofendeu com frases racistas um funcionário do prédio onde os pais dele moram: "Lugar de macaco é no zoológico". Ele foi processado e fez um acordo com o homem, ao qual pagou R$ 5 mil em indenização, e ficou proibido de entrar no prédio dos pais. 

Outro caso ocorreu em um flat no Rio de Janeiro, quando ele não teria gostado de uma informação dada por uma funcionária e chamou os trabalhadores de "suburbanos", além de arremessar objetos. 

Já em São Paulo, onde possuía um consultório em um prédio, ele agrediu verbalmente duas recepcionistas e chegou a partir para cima de uma. Elas contaram ao Fantástico que ele proferiu ofensas racistas e gordofóbicas. 

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