Fim do Censo 2022 é adiado novamente pelo IBGE e será entregue em 2023

Segundo o instituto, a previsão é que a conclusão ocorra no mês de janeiro

Escrito por Redação ,
Recenseadores do IBGE
Legenda: Conforme o IBGE, a dificuldade tem sido efetivar recenseadores para a pesquisa
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Censo Demográfico 2022 não será concluído em 2022, segundo informou, nesta terça-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa estava prevista para terminar em dezembro, mas foi estendida até janeiro, com parte dos recursos sendo movidos para o próximo ano.

Iniciada em agosto deste ano, a pesquisa tem enfrentado dificuldades como falta de recenseadores e recusa para as respostas aos questionamentos. Nesse segundo caso, diz o IBGE, a negativa tem partido até mesmo de autoridades com rendas mais altas.

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Até agora, cerca de 80% da população foram recenseadas, conforme pontuou o próprio instituto. Em 2010, quando foi realizado o Censo anterior, toda a população já havia sido contabilizada até esta data.

"Há cidades em que a dificuldade para contratar recenseadores foi grande a ponto da gente não conseguir fechar e vamos ter que estender", disse Cimar Azeredo, diretor de pesquisa do IBGE.

Índice de cobertura

Ainda segundo o diretor, o baixo índice de cobertura é preocupante em outros estados, a exemplo do Mato Grosso. Por lá, menos de 80% foi recenseada.

Um balanço realizado no final do mês de outubro apontou que a taxa de recusa subiu de 2,33% para 2,59% e, em outros, o número é ainda maior. É o caso de São Paulo, onde a taxa chega a 5%.

Atualmente, 82,1 mil recenseadores coletam os dados para o IBGE, mas 60,1 mil deles estão efetivamente produzindo. Uma Medida Provisória (MP) busca resolver o problema prevendo a contratação sem processo seletivo e aumentando a taxa de remuneração dos recenseadores. 

Agora, o prazo do instituto é o dia 26 de dezembro, quando devem ser entregues o máximo de dados possíveis. Isso ocorre porque as informações devem servir como base para a distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O estudo, então, é para enviar ao TCU tudo que já tenha sido organizado até a data limite. Além disso, outra possibilidade é de repasse de dados com algum tratamento estatístico de estimativa populacional, nas localidades onde a coleta ainda não foi concluída. 

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