Ex-vereador do Rio, Cristiano Girão é preso sob suspeita de mandar assassinar rival

Crime teria sido cometido pelo PM reformado Ronnie Lessa, que está preso pela morte de Marielle Franco

Escrito por Redação , pais@svm.com.br
christiano girão preso
Legenda: Girão foi preso na manhã desta sexta-feira (30) em São Paulo
Foto: Divulgação

O ex-vereador do Rio de Janeiro, Cristiano Girão, foi preso na manhã desta sexta-feira (30), em São Paulo, suspeito de ser o mandante do assassinato do ex-policial André Henrique da Silva Souza, o 'Zóio', e da ex-companheira da vítima, há sete anos. 

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As investigações da polícia carioca apontam que o casal foi executado pelo PM reformado Ronnie Lessa, que está preso desde março de 2019 suspeito da morte da vereadora Marielle Franco. 

Os agentes chegaram a Girão e Lessa após depoimentos de testemunhas e por uma pesquisa feita ao Google no celular do PM sobre notícias do duplo homicídio. 

As vítimas estavam trafegando quando foram interceptadas por outro veículo em junho de 2014, e mortas a tiros de arma de fogo. A disputa pelo poder da milícia na região de Gardênia Azul, em Jacarepaguá, motivou o crime. 

Ainda conforme a apuração da polícia, à época dos assassinatos 'Zóio', miliciano de Campo Grande, na Oeste do Rio, também tentava assumir a Gardênia Azul após Girão ser preso. 

Eleito vereador em 2008, Girão foi preso no ano seguinte por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O então parlamentar teria ordenado os assassinatos em 2014 de dentro de um presídio de segurança máxima.

Denúncia

Com os indícios, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o ex-vereador pelo atentado e também pediu a prisão de Ronnie Lesa, que já estava detido.

Os promotores passaram a considerar Girão suspeito de também ter encomendado o assassinato de Marielle Franco, em março de 2018, por causa das semelhanças com a morte de 'Zóio' e da companheira.

Nas duas ocorrências, os carros foram atingidos por dezenas de disparos enquanto estavam em movimento, e o atirado estava dentro de outro veículo. 

Ao G1, a defesa do ex-parlamentar alegou que Girão não tem envolvimento com Lessa e nega a participação dele na morte de Marielle Franco.

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