Chefe de milícia denunciado por ordenar a morte de Marielle Franco é preso na Paraíba, diz site

O alvo da operação da Polícia Civil estava na companhia de outro homem, que também foi capturado

Legenda: A ofensiva cumpriu um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que investiga o caso. A denúncia do órgão fluminense, contudo, refere-se a outra execução
Foto: Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Um homem apontado pela Polícia Civil como chefe de uma milícia do Rio de Janeiro foi preso nesta quarta-feira (28) em Queimados, na Paraíba. De acordo com o site Congresso em Foco, trata-se de Almir Rogério Gomes da Silva, acusado de ordenar a morte da vereadora pelo Estado sudestino Marielle Franco (PSOL), em 14 de março de 2018.

Na operação, realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), os policiais civis encontraram o alvo na companhia de outro homem, que também foi capturado. A ofensiva cumpriu um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que investiga o caso.

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A denúncia do órgão fluminense, contudo, refere-se a outra execução, que aconteceu em 12 de outubro de 2018, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Almir Rogério, tido como chefe da milícia da Gardênia Azul e do Morro do Tirol, junto a outros três homens, que teriam assassinado uma pessoa que teve uma briga com a esposa em público durante uma festa, o que não teria agradado ao grupo criminoso.

A relação do chefe da milícia detido com o assassinato da parlamentar teria sido revelada por Julia Lotufo, viúva do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope)Adriano da Nóbrega, que era envolvido com o esquema.

Adriano da Nóbrega foi morto em um tiroteio com agentes da Segurança Pública, no interior da Bahia, em 9 de fevereiro de 2020, sem ser interrogado pelos servidores públicos pela morte da pessolista.

"Parte dos milicianos ligados ao homem capturado em Queimadas hoje foi presa em operações policiais naquele estado. Mas ele, que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, explicou Diego Beltrão, delegado que coordenou a operação.