Empresário matou e enterrou adolescente desaparecida por 'desespero', diz polícia

Corpo de Giovana Pereira, de 16 anos, foi encontrado na última terça-feira (27)

Escrito por Redação ,
Giovana Pereira Caetano de Almeida
Legenda: Corpo de Giovana Pereira Caetano de Almeida foi encontrado enterrado em um sítio
Foto: Reprodução Redes Sociais / Arquivo Pessoal

O empresário Gilson Luís Menegildo, 45 anos, é suspeito de matar a adolescente Giovana Pereira, de 16 anos, após se conhecerem em um aplicativo de relacionamento. O corpo da adolescente foi encontrado enterrado em uma propriedade rural do município de Nova Granada, no interior de São Paulo, na última terça-feira (27). Conforme o Uol, Gilson alegou ter enterrado o corpo "por desespero" no sítio dele.

Em depoimento à polícia, detalhou ter considerado jogar o corpo dela no rio, mas decidiu enterrar no sítio da família. Ele teve ajuda do caseiro para fazer a cova.  

Giovana estava desaparecida desde dezembro de 2023. A mãe dela, Patrícia Alessandra Pereira, disse que a último contato com a filha ocorreu no dia 20 de dezembro de 2023, um dia antes dela desaparecer. 

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Relacionamento entre Giovana e Gilson 

As trocas de mensagens começaram em maio de 2023. Na época, o empresário marcou um encontro presencial com a adolescente, e depois continuaram mantendo contato. 

A mãe dela viu o conteúdo da conversa, e Giovana teria admitido a relação. "Ela disse que se relacionava com ele, que os dois tiveram uma relação e que ele ofereceu ajuda financeira para ela. Falei que ela não precisava disso. Ela me disse que não teria mais encontrado com ele", explicou Patrícia.

Durante as trocas de mensagem, Giovana teria pedido um emprego a ele, enquanto Gilson disse que ela poderia levar um currículo para ele "analisar".

Porém, no encontro, ele afirma que ela teria consumido drogas. Em meio à conversa sobre a possibilidade de contratação, ela saiu para comprar bebidas, mas Gilson a viu "aos beijos e abraços" com outro funcionário da empresa. 

Logo em seguida, ela passou mal, ele tentou reanimar a adolescente, mas não conseguiu. 

Ele (Gleison) disse que ela chegou, eles conversaram e, em um dado momento, ela usou um cigarro de maconha. Após isso, ele teria saído para buscar uma cerveja e, quando retornou, viu um funcionário em beijos e abraços com ela. Em um dado momento, esse funcionário disse que viu ela passando mal após usar cocaína que estaria na mesa, em um recipiente de remédio. Após isso, ele (Gleison) disse que tentou fazer os primeiros socorros e, como estava em desespero, ele acabou colocando ela na caminhonete e vindo para os outros locais.
Ericson Salles
Investigador da PCSP (em entrevista à TV TEM)

Corpo enterrado

Depois da jovem passar mal, Gleison teria ido primeiramente para o distrito de Macaúba, em Mirassolândia (SP). Porém, mudou de ideia e foi para a propriedade rural dele em Nova Granada. 

O caseiro, Cleber Danielo Partezani, disse que o patrão ligou pedindo para ele cavar um buraco na propriedade. O empresário admitiu que seria para enterrar um corpo. Na cova, também colocou os pertences da jovem, como secular, anel, pulseira e mochila. 

Após o crime, ele voltou ao sítio para praticar tiro. Ainda segundo o Uol, o caso foi registrado como ocultação de cadáver, morte suspeita, destruíçao, e posse irregular de arma de fogo. 

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