Quem é Sergio Massa? Candidato à Presidência da Argentina surpreendeu ao superar Milei

Ultradireitista Javier Milei liderava a maioria das pesquisas, mas acabou sendo vencido por Massa. Os dois agora se enfrentarão no segunda turno

Escrito por Redação ,
O ministro da Economia argentino e candidato presidencial pelo partido União por la Pátria, Sergio Massa, gesticula ao falar com seus apoiadores na sede de seu partido em Buenos Aires, em 22 de outubro de 2023, após os primeiros resultados da eleição presidencial. O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, e o forasteiro antiestablishment Javier Milei se enfrentarão no segundo turno das eleições presidenciais, de acordo com os resultados parciais das pesquisas divulgados.
Legenda: Atual ministro da Economia da Argentina e político experiente, o advogado conquistou as primárias do próprio partido após a terceira tentativa
Foto: Emiliano Lasalvia/AFP

O candidato governista Sergio Massa, de 51 anos, surpreendeu ao vencer o primeiro turno das eleições à Presidência da Argentina, realizado nesse domingo (22). Ele superou o favoritismo do adversário, o libertário Javier Milei, 53 anos, que ganhou as primárias de agosto. Os dois disputarão o segundo turno em novembro. 

Enquanto o peronista conquistou cerca de 35,9% dos eleitores, o economista apontado como extremista recebeu aproximadamente 30,51% dos votos. Em terceiro lugar ficou a candidata Patricia Bullrich (23,61%). As informações são do jornal Estadão

Milei era o líder na maioria das pesquisas. Massa apareceu como favorito somente no último levantamento da AtlasIntel. Nas primárias (PASO), em agosto, o ultradireitista surpreendeu por despontar na frente, com cerca de 30% dos votos.  

Veja também

Quem é Sergio Massa?

Integrante do partido peronista União pela Pátria, Sergio Massa é o atual ministro da Economia da Argentina. Político experiente, o advogado conquistou as primárias do próprio partido após a terceira tentativa.

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, ele assumiu o cargo à frente da Economia argentina no lugar de Silvina Batakis, no ano passado, em meio a uma crise interna do governo de Alberto Fernandez. O cenário no vizinho brasileiro não é bom, já que a inflação anual se aproxima dos 140% e cerca de 40% da população está na pobreza.

Veja também

Ao assumir "o superministério", que incluía Agricultura e Desenvolvimento Produtivo no guarda-chuva da Economia, Massa conseguiu reverter, nesse meio tempo, o apoio declarado de Cristina Kirchner ao ministro do Interior, Eduardo “Wado” de Pedro, e acabou vencendo as primárias do próprio partido contra o jovem Juan Grabois.

Atualmente, o advogado é tido como a opção mais neutra dentro do governo peronista. Ao longo da carreira, chegou a ser próximo à Kirchner e ocupou o cargo de chefe do Gabinete do governo kirchnerista, quando se licenciou da Prefeitura de Tigre para ocupar brevemente o cargo nos anos 2008 e 2009.

No entanto, em 2015, quando tentou se lançar candidato à presidência, se afastou do peronismo e criticou a ex-chefe. Naquele pleito, a oposição liderada por Mauricio Macri venceu em um segundo turno com Daniel Scioli — candidato apoiado por Kirchner —, enquanto Massa ficou em terceiro. 

A atual reaproximação com os peronistas é visto com desconfiança por alguns eleitores. A crisa econômica enfrentada pela Argentina também é alvo de críticas dos adversários de Massa.  

Assuntos Relacionados