Oposição apresenta moção de impeachment contra presidente da Coreia do Sul após lei marcial
População realiza protestos para exigir a renúncia do Yoon Suk Yeol do cargo de chefe de Estado
Os partidos de oposição apresentaram uma moção de impeachment contra o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, nesta quarta-feira (4), após a declaração de lei marcial proferida pelo gestor, na noite anterior, ser bloqueada pelos legisladores.
O chefe de Estado declarou lei marcial em meio a um impasse crescente com a Assembleia Nacional controlada pela oposição, mas suspendeu a decisão cerca de seis horas depois, após a Casa votar pelo fim dela.
A principal legenda da oposição, o Partido Democrático, e outros cinco partidos menores da oposição, incluindo o Partido da Reconstrução da Coreia e o Partido da Reforma, submeteram a moção ao gabinete de projetos de lei da Assembleia Nacional às 14h43 (horário local), conforme informações da agência de notícias sul-coreana Yonhap.
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A solicitação de impeachment foi assinada por 190 parlamentares opositores e um independente, e não recebeu apoio político do partido governista.
O plano dos partidos da oposição é apresentar a moção para demover Yoon na sessão plenária parlamentar de quinta-feira (5) e submetê-la à votação na próxima sexta (6) ou no sábado (7).
Segundo a lei sul-coreana, um pedido de impeachment precisa ser submetido a votação entre 24h e 72 horas após ser relatado à sessão plenária. No país asiático, é necessária uma maioria de dois terços para moções do tipo passarem no parlamento. Dos 300 membros da Assembleia Nacional, a oposição precisará de oito votos do Partido do Poder Popular no poder para aprovar o projeto de lei.
Grupos cívicos pedem impeachment
Também nesta quarta-feira, grupos cívicos se reuniram na Praça Gwanghwamun, na capital Seul, para exigir o impeachment do presidente sul-coreano.
Conforme a Yonhap, membros da Confederação Coreana de Sindicatos, Solidariedade Popular pela Democracia Participativa e outras organizações civis realizaram uma coletiva de imprensa na qual classificaram a declaração de lei marcial como inconstitucional, ilegal e nula.
Grupos cívicos e trabalhistas também planejam realizar protestos ou manifestações à luz de velas por toda a Coreia do Sul, a partir de quarta-feira, para exigir a renúncia do presidente Yoon Suk Yeol devido à sua controversa declaração de lei marcial.