Mundo está entrando em nova onda da pandemia de Covid-19, afirma OMS
Declaração foi feita pelo diretor-geral da entidade a integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Tóquio
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu, nesta quarta-feira (21), que o mundo está entrando em uma nova onda da Covid-19. A declaração foi feita pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a integrantes do Comitê Olímpico Internacional, em Tóquio. As informações são da Valor Investe.
Segundo o diretor-geral, o mundo está nos "estágios iniciais" de outra onda de infecções e mortes, 19 meses desde o início da pandemia e sete meses após aprovação das primeiras vacinas.
Tedros Adhanom afirmou que uma "pandemia de duas vias" tem sido alimentada pela falha global em compartilhar vacinas, testes e tratamentos. Dessa forma, países com recursos adequados estão reabrindo à medida que outros se fecham em tentativa de retardar a transmissão do coronavírus.
Além disso, conforme o representante da OMS, a desigualdade de vacinas ao redor do globo está mascarando uma "injustiça terrível". "Isso não é apenas um ultraje moral, é também epidemiológica e economicamente autodestrutivo", ressaltou.
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Ainda segundo o diretor-geral, a pandemia trará mais turbulência socioeconômica enquanto se arrastar. "A pandemia é um teste e o mundo está falhando", avaliou, complementando que a ameaça da Covid-19 seguirá até que a doença seja controlada por todos os países.
Jogos Olímpicos
Após serem adiadas em 2020 devido à pandemia, as Olimpíadas de Tóquio estão marcadas para começar nesta sexta-feira (23). No entanto, expectadores foram banidos do evento após o país declarar estado de emergência por aumento de casos na capital japonesa.
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Conforme a AFP, o diretor-geral afirmou que, para o sucesso nos Jogos Olímpicos, será necessário "velocidade, força e habilidade, mas também determinação, dedicação e disciplina", fatores que devem ser buscados também no combate à pandemia.
“A pandemia vai acabar quando o mundo decidir acabar com ela. Tudo depende de nós”, afirmou Tedros Adhanom.